Mónaco resiste ao domínio do Arsenal e apura-se
terça-feira, 17 de março de 2015
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AS Monaco FC 0-2 Arsenal FC (total: 3-3, Mónaco vence por golos fora)
Aaron Ramsey marcou a 11 minutos do fim e criou emoção tardia, mas os anfitriões resistiram à pressão e festejaram o apuramento.
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• Mónaco nos quartos-de-final pela primeira vez desde a final de 2004
• Olivier Giroud, substituído cedo na primeira mão, reduz ainda antes do intervalo
• Aaron Ramsey marca o 2-0 a 11 minutos do final
• Danijel Subašić nega golo perto do fim e Mónaco resiste à pressão
• Sorteio dos quartos-de-final em Nyon, a 20 de Março, a partir das 11h00 (hora de Portugal Continental)
O AS Monaco qualificou-se para os quartos-de-final da UEFA Champions League após perder no Stade Louis II, por 2-0, com o Arsenal FC. No entanto, beneficiou do triunfo em Londres, na primeira mão, por 3-1.
A confortável vantagem trazida da capital inglesa, mercê de uma exibição superior, permitiu aos monegascos jogarem com o cronómetro e na expectativa. Pertenceu-lhes, ainda assim, o primeiro remate, quando, logo aos dois minutos, João Moutinho ganhou espaço e, ainda de fora da área, rematou em arco, mas por cima da baliza de David Ospina.
Tratou-se de um fogacho da equipa dirigida por Leonardo Jardim, uma vez que, a partir de então e necessitando de marcar rapidamente para tentar relançar a eliminatória, o Arsenal assumiu o controlo do jogo. Dessa forma, as situações de perigo começaram a suceder-se junto à área dos anfitriões, fruto de um notório aumento de velocidade nas acções ofensivas dos "gunners".
Aos 14 minutos, Hector Bellerín cruzou do lado direito e Olivier Giroud surgiu junto ao poste mais distante a cabecear ao lado. Cinco minutos depois, Santi Cazorla teve um remate à meia-volta interceptado por Layvin Kurzawa, após bom trabalho de Giroud na esquerda.
Aos 23 minutos, o Arsenal voltou a estar perto de marcar, mas o remate de Laurent Koscielny, em esforço na pequena-área, embateu na trave da baliza de Danijel Subašić. No entanto, o lance foi anulado por fora-de-jogo do defesa-central francês.
O Arsenal porfiou e acabou por chegar ao golo aos 36 minutos, por intermédio de Giroud, jogador que, na primeira mão, tinha desperdiçado diversas oportunidades. Danny Welbeck descobriu Giroud já na área, descaído pela esquerda, de onde fez um primeiro remate defendido por Subašić. Na recarga, o francês marcou mesmo, apesar da presença de dois defesas do Mónaco sobre a linha de golo. No lance seguinte, Welbeck quase ampliou a vantagem, mas o seu disparo de primeira desviou no central Aymen Abdennour, que estava estendido no chão, depois de este ter aliviado a bola na sua direcção. No derradeiro minuto do primeiro tempo, Giroud voltou a ficar perto do golo, mas a sua emenda ao cruzamento tenso de Welbeck encontrou Subašić bem colocado.
A segunda parte foi disputada a um ritmo mais lento, mas, ainda assim, dominado pelo Arsenal, sempre à procura dos golos que lhe permitissem dar a volta à eliminatória. E a verdade é que só não os conseguiu porque Subašić esteve em grande nível na baliza do Mónaco.
Aos 53 minutos, sacudiu um livre directo de Özil por cima da trave, e antes vira Giroud efectuar um remate enrolado. Entretanto, o Mónaco ia recuando no terreno, algo ainda mais visível após a troca do já cansado Dimitar Berbatov por Bernardo Silva.
Foi já com o português em campo que o Mónaco sofreu o segundo golo, aos 79 minutos. Theo Walcott teve um primeiro remate ao poste, após trabalho de Cazorla na esquerda, e depois de um mau alívio de Kurzawa, a bola ficou à disposição de Aaron Ramsey na área, que não perdoou.
Restavam 11 minutos ao Arsenal para dar a volta à eliminatória e valeu mesmo ao Mónaco o seu guardião, que fez a defesa da noite, negando o golo a Alexis Sánchez com um golpe de rins sobre a linha. O Arsenal pressionou mas já não conseguiu voltar a marcar, pelo que, pelo quinto ano consecutivo, deixou a UEFA Champions League nos oitavos-de-final.