Kiessling celebra apuramento do Leverkusen

Ao invés de pairar uma nuvem de depressão sobre o Anoeta Stadium depois de o Bayer 04 Leverkusen conseguir uma vitória difícil por 1-0 sobre a Real Sociedad de Fútbol - que terminou a sua participação no Grupo A sem marcar qualquer golo ou vitória diante dos seus adeptos -, assistiu-se a uma interessante mistura de euforia alemã com a resolução basca em retirar ensinamentos da experiência.

Stefan Kiessling deu uma lição de como se joga a ponta-de-lança, testando por inúmeras vezes o guarda-redes da Real, Eñaut Zubikarai, numa delas, de cabeça, fazendo mesmo a bola esbarrar no travessão. A equipa de Sami Hyypiä mostrou confiança, inteligência e espírito de luta chegando aos descontos finais sem saber se o único golo apontado era suficiente em face do que se passava em Old Trafford, na outra partida do Grupo A. Com a formação visitante apostada em garantir a qualificação, os homens de Jagoba Arrasate deram o seu melhor saindo da competição com desejo de crescer em intensidade e qualidade, contudo, de forma dolorosa.

Stefan Kiessling, atacante do Leverkusen
Fizemos o jogo que podíamos e talvez pudesse ter feito mais golos. A maioria das nossas oportunidades surgiram de jogo aberto, mas o nosso golo acabou por surgir após um pontapé de canto e ainda acertámos na barra na cobrança de um livre directo, pelo que houve uma mistura de ocasiões e qualidade em todas elas. O facto de não termos feito mais golos é algo que nos custa aceitar, algo que temos de aprender.

Fizemos bons resultados na Liga, na Taça e agora na Champions League fora de casa após a derrota com o Manchester United, e essa é uma indicação de que estamos a crescer como equipa. Estamos a tomar consciência do nosso potencial e do que podemos conseguir. Esta noite, a nossa primeira parte talvez não tenha sido tão forte quanto desejámos, mas melhorámos e acrescentámos qualidade na segunda parte, além do golo obtido.

Gorka Elustondo, defesa de La Real
Durante a primeira parte fomos intensos e pressionámos alto. Foi simplesmente no ataque que encontrámos as dificuldades para ter um momento de qualidade. O Leverkusen é muito forte na zona intermédia e muito bom no futebol aéreo. O facto de terem marcado tão cedo após o intervalo mudou a segunda parte e a forma como ela evoluiu. A qualidade deles é alta mas não surpreendeu. Esta é a melhor competição.

Demos tudo de nós neste grupo, mas, em alguns momentos, jogou-se um nível acima daquele a que estamos habituados. Fiquei com a impressão de que os nossos rivais foram realmente intensos nos seus jogos e, talvez, superiores fisicamente. A experiência vai ser muito boa para nós no que toca à aprendizagem e desenvolvimento.