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Celtic obriga Cliftonville a estar ao melhor nível

"Não vou deixar de tentar os desarmes só porque do outro lado está o Celtic", explicou médio do Cliftonville, Barry Johnston, numa semana em que o clube da Irlanda do Norte vai receber os seus ídolos de infância em Belfast.

O tio-avô de Barry Johnston, do Cliftonville, jogou no Celtic
O tio-avô de Barry Johnston, do Cliftonville, jogou no Celtic ©Sportsfile

O treinador Tommy Breslin acredita que os jogadores do Cliftonville FC não vão ficar deslumbrados por todas as atenções estarem centradas no encontro com o Celtic FC, desta semana, a contar para a UEFA Champions League.

O clube da Irlanda do Norte está a preparar o jogo mais importante em 134 anos de história, já que os campeões da Escócia, comandados por Neil Lennon, estão em Belfast para medir forças com o conjunto amador. A segunda pré-eliminatória representa um desafio de sonho para os jogadores do Cliftonville, já que muitos são adeptos dos gigantes de Glasgow, mas Breslin acredita que os desconhecidos campeões da Irlanda do Norte não se vão sentir intimidados no embate com o Celtic.

"Vamos jogar com um clube famoso mundialmente, mas estamos determinados em dar boa conta de nós", explicou o técnico de 52 anos. "Há vários jogadores que são adeptos do Celtic, mas estão determinados em não deixar passar esta oportunidade. É fundamental não nos deixarmos influenciar pelo momento. Temos de encarar este desafio como apenas mais 90 minutos de futebol e acredito que os jogadores vão responder bem. Somos um clube modesto e simples ‘outsiders’, mas temos um plano de jogo e espero que resulte".

O estádio “Solitude” (solidão) não irá fazer jus ao nome na quarta-feira, já que vai ter lotação esgotada com 5.200 espectadores. "Poderíamos ter vendido quatro ou cinco vezes mais bilhetes para este jogo se tivéssemos um estádio maior, mas estou satisfeito por o jogo ser disputado no Solitude", explicou Breslin. "É uma recompensa para os adeptos que apoiaram a equipa nos últimos anos, nos bons e nos maus momentos. Vamos ter um ambiente maravilhoso. É a maior desafio europeu de sempre do clube e estamos ansiosos pelo jogo. É um momento alto, para o Cliftonville e para todo o futebol da Irlanda do Norte".

O capitão George McMullan espera que o Cliftonville, que em Maio conquistou o primeiro campeonato em 15 anos, consiga deixar "a eliminatória em aberto" com um resultado positivo no jogo em casa. "É esse o objectivo", explicou o médio de 31 anos. "Queremos ter algo por que lutar no desafio da próxima semana em Glasgow. Não queremos ir a Celtic Park como turistas. Vai ser um grande desafio, mas queremos chegar lá com um resultado positivo".

O médio Barry Johnston, cuja falecido tio-avô Charlie Tully disputou 319 jogos pelo Celtic na década de 1940 e 1950, está satisfeito pela possibilidade de defrontar os ídolos de infância. "Torço pelo Celtic desde criança, o Paul McStay era o meu grande ídolo", confessou o jogador de 32 anos. "Mas depois do pontapé de saída só vou pensar numa coisa. Não vou deixar de tentar os desarmes ou dizer 'primeiro vocês' só porque do outro lado está o Celtic Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para conseguir um resultado positivo para o Cliftonville e para o campeonato irlandês".

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