Benfica orgulhoso, Basileia realista

Os médios Nicolás Gaitán e Axel Witsel sentiram que o Benfica marcou nas alturas certas do triunfo por 2-0 em casa do FC Basel 1893. Uma vitória caseira frente ao mesmo adversário, na quarta jornada, garante desde logo a presença do conjunto lisboeta nos oitavos-de-final da UEFA Champions League, depois de golos de Bruno César (20) e Óscar Cardozo (75) terem garantido os pontos na Suíça, em jogo do Grupo C. Por seu lado, Xherdan Shaqiri e Fabian Frei, do Basileia, lamentaram a falta de acutilância ofensiva da sua equipa.

Nicolás Gaitán, médio do Benfica
Viemos aqui para somar três pontos e felizmente conseguimos isso mesmo, por isso estou muito feliz porque a equipa esteve bastante forte. Toda a equipa jogou realmente bem. No início foi muito competitivo. Sabíamos que ia ser assim porque o Basileia alinhava em casa e tem um estilo de jogo atraente, mas ao mesmo tempo sabíamos que se começássemos com rapidez de processos isso poderia fazer a diferença.

Tive sorte de participar na jogada do primeiro golo – a movimentação dos meus colegas foi muito boa, o que torna as coisas mais fáceis para mim. Para além disso, o Bruno César finalizou o lance com muita categoria. E o Óscar Cardozo marcou numa altura crucial da segunda parte, em que o Basileia estava à procura do empate. Sabíamos que ia tentar fazer isso, por isso o nosso segundo golo permitiu-nos jogar mais calmamente na parte final.

Axel Witsel, médio do Benfica
O Basileia é uma equipa complicada de defrontar, especialmente em sua casa. Empatou fora ante o Manchester United e isso deixou-nos mais atentos. Viemos aqui com respeito pelo adversário, mas assim que entrámos em campo mostrámos o nosso valor e estivemos muito fortes.

Começámos bem. Pressionámos o Basileia, impedindo-o de jogar como gosta, e chegámos ao golo de forma merecida, que nos colocou em boa posição para o resto da partida. Houve certos períodos na segunda parte que foram complicados, mas permanecemos unidos e sólidos, não dando muitos espaços. O segundo golo tornou a nossa tarefa muito mais fácil.

Foi óptimo ver tantos adeptos do Benfica no estádio – quase que dava a sensação de estarmos a jogar em casa. Será fantástico se nos continuarem a apoiar assim. É bom estar na liderança do grupo, mas não nos vamos entusiasmar em demasia, vamos pensar jogo a jogo. A seguir recebemos o Basileia e sem dúvida que também vamos querer vencer.

Xherdan Shaqiri, extremo do Basileia
Jogámos bem, mas não conseguimos os três pontos, que era o mais importante. É uma pena que tenhamos perdido em casa, onde normalmente somos mais fortes. Ambas as equipas jogaram bem e ao ataque. Vimos que o Benfica é boa equipa pela forma como atacou e como soube explorar o contra-ataque, como aconteceu no primeiro golo; foi um contra-ataque muito bom.

Até fazerem o segundo golo ainda tivemos possibilidade de empatar, mas faltou-nos convicção no último terço do terreno. Se tivéssemos tido isso, talvez o resultado tivesse sido diferente. Mas agora temos que aceitar a derrota, que me deixa chateado, tal como qualquer outra. Temos quatro pontos em três jogos, o que não deixa de ser um bom pecúlio, já para não falar que as hipóteses de apuramento continuam intactas.

Fabian Frei, médio do Basileia
A defesa do Benfica esteve muito bem esta noite, por isso foi muito difícil para nós atacarmos; depois, na frente, vimos como são bons. O Benfica não teve muitas ocasiões de golo, mas foi sempre perigoso. Não jogámos mal, mas faltou-nos acutilância junto à área adversária e houve certas alturas em que os cruzamentos saíram mal. No início da fase de grupos estabelecemos como objectivo mínimo o terceiro lugar, por isso temos de ser realistas. Se terminarmos assim, então teremos atingido esse objectivo.