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Real Madrid renovado entusiasma Casillas

Iker Casillas garante ao UEFA.com que a chegada de José Mourinho ao Real Madrid constituiu como que uma lufada de ar fresco no sentido de ajudar o clube a chegar longe esta época na UEFA Champions League.

Real Madrid renovado entusiasma Casillas
Real Madrid renovado entusiasma Casillas ©UEFA.com

Quando se joga pelo Real Madrid CF o passado pode, muitas vezes, ser uma espécie de corda à volta do pescoço. É de tal forma assim que Iker Casillas chega mesmo a usar a palavra "trauma" quando aborda o facto de o gigante madrileno, nove vezes campeão da Europa de clubes, não conseguir ir além dos oitavos-de-final da UEFA Champions League desde o ano de 2004.

O guarda-redes espanhol admitiu ao UEFA.com: "É algo que está preso nas nossas cabeças como um pequeno trauma, mas a verdade é que sucede aos jogadores que aqui estão há já alguns anos, e a mim mais do que a qualquer outro. Já vivi e sofri com essa situação, mas os novos jogadores trazem as suas próprias experiências dos anteriores clubes, pelo que não creio que esse seja um problema do plantel. É uma questão do próprio clube em si, que viveu esse contratempo nos últimos seis anos."

A opinião de Casillas, de que os problemas do passado não deverão preocupar o Real Madrid de 2010/11, é fundamentada com os resultados apresentados até ao momento pela equipa sob as ordens de José Mourinho. A formação da capital soma três vitórias e um empate no Grupo G e Casillas, há muito indiscutível dono da baliza "merengue", sente que Mourinho veio trazer uma lufada de ar fresco ao Santiago Bernabéu. "A chegada de Mourinho coincidiu, também, com a vinda de novos jogadores, jovens e talentosos, que querem deixar a sua marca de imediato, trazem expectativas elevadas e mostram enorme empenho. Julgo que se trata de uma espécie de renovação, um refrescar da equipa."

Entre estes novos talentos encontram-se os jovens internacionais alemães Sami Khedira e Mesut Özil, que Casillas vê no futuro como "jogadores de topo a nível mundial". E acrescenta: "Tanto Mesut como Sami são excelentes rapazes, que têm procurado integrar-se o mais depressa possível. Não é fácil para eles, pois falam uma língua diferente e é complicado aprender uma nova, mas a equipa tem tentado apoiá-los o mais possível, para que a sua integração se processe mais rapidamente. A equipa tem agido como uma verdadeira família, rindo muito e olhando uns pelos outros, principalmente pelos mais jovens."

Embora as expectativas para este Real renovado sejam "extremamente elevadas", Casillas acredita que a equipa "está no caminho certo" e refere: "Temos todos os ingredientes para nos tornarmos numa grande equipa. Mas há que levar em linha de conta a regularidade, maturidade e experiência que teremos de ir adquirindo jogo a jogo."

Na UEFA Champions League basta somar um ponto na visita ao terreno do AFC Ajax, esta terça-feira, para garantir o passaporte para os oitavos-de-final. Ainda assim, Casillas salienta que o Real Madrid tem sempre de jogar para ganhar. "Será um adversário que, definitivamente, nos causará problemas e o jogo não vai ser fácil. Mas, para nós, é importante não pensar que um ponto é suficiente; essa seria uma abordagem errada para este encontro", reforça. "Necessitamos de nos concentrarmos na procura da vitória, para garantirmos desde já a qualificação e o primeiro lugar no grupo, e podermos partir mais tranquilos para a derradeira ronda."

Campeão mundial em Julho último ao serviço da selecção da Espanha, Casillas ultrapassou Oliver Kahn como o guarda-redes com mais presenças na UEFA Champions League, ao disputar o seu 104º encontro na partida frente ao AC Milan, referente à terceira jornada da presente fase de grupos. Ainda andava na escola quando foi convocado para a equipa principal do Real pela primeira vez e tinha apenas 18 anos quando se estreou na mais importante prova de clubes da UEFA, num empate 3-3 em casa do Olympiacos FC, em Setembro de 1999, ao entrar para o lugar do lesionado Bodo Ilgner.

Terminar a campanha sem sofrer qualquer golo na final frente ao Valencia CF constitui, até hoje, a sua "mais agradável memória" na competição: "Tinha acabado de fazer 19 anos e alinhar numa final tão importante apenas quatro dias após celebrar o meu 19º aniversário no lugar do guarda-redes que era o habitual titular foi extraordinário." O objectivo agora é ajudar a nova geração do Real a experimentar algo de semelhante.

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