Anelka feliz com regresso a Moscovo

Depois de ter apontado o golo que confirmou a vitória do Chelsea FC sobre o FC Spartak Moskva, por 2-0, Nicolas Anelka declarou, sem quaisquer contemplações, que a sua equipa baniu do pensamento todos os pensamentos tristes da infeliz anterior visita ao Estádio Luzhniki na UEFA Champions League.

A única presença do Chelsea na final da competição aconteceu em 2008, precisamente na arena de Moscovo, quando perdeu frente ao Manchester United FC após o desempate por grandes penalidades. Mas não houve razões para repetir a tristeza neste regresso a solo russo, já que os golos de Yuri Zhirkov e Anelka levaram o campeão de Inglaterra à marca de nove pontos, os três últimos conquistados à custa do Spartak no jogo do Grupo F.

Para Anelka, que falhou o penalty decisivo nesse desempate, a final disputada pelo Chelsea nada tinha a ver com o jogo com o Spartak. "Já se sabe o que aconteceu aqui há dois ou três anos, mas isso já não interessa mais, porque faz parte do passado," afirmou o gaulês. "Viemos cá para jogar o nosso futebol e vencer o jogo e foi isso que fizemos."

O regresso à capital russa também foi feliz para Zhirkov, para quem este estádio foi a sua casa durante cinco anos e meio ao serviço do PFC CSKA Moscovo, rival do Spartak. Enquanto Anelka pôde celebrar a sua capacidade finalizadora com o 50º golo ao serviço do Chelsea, o tento de Zhirkov foi o seu primeiro ao serviço da equipa desde a transferência em 2009, proveniente do CSKA. "Ele estava a jogar no seu país de origem e mostrou o que vale e o motivo pelo qual está a jogar num clube de topo como o Chelsea", destacou Anelka.

O Spartak apresentou-se disposto a provocar um dissabor ao Chelsea, equipa atacada por lesões, mas apesar de jogar um futebol bonito, os russos só conseguiram pôr à prova Petr Čech de longa distância. De facto, o flanco composto por Dimitri Kombarov e Aiden McGeady, habitualmente tão eficaz, acabou por ser anulado por John Terry e Branislav Ivanović no eixo da defesa. A equipa ressentiu-se da criatividade do capitão Alex, algo confirmado pelo próprio McGeady: "Não ter em campo um jogador do nível do Alex provoca mossa em qualquer equipa."

As duas equipas reencontram-se em Stamford Bridge a 3 de Setembro, altura em que o Chelsea tem hipótese de assegurar um lugar nos oitavos-de-final, e Anelka sugeriu a razão pela qual as lesões não têm travado os "blues" tanto na Europa como na Premier League. "Temos um plantel extenso e alguns grandes jogadores, e mesmo quando alguns deles nos faltam há sempre muita qualidade ao banco, algo que ficou bem vincado neste jogo", afirmou.