Chelsea mais forte em Moscovo

Um espectacular remate de Yuri Zhirkov, a meio da primeira parte, no seu regresso à Rússia, abriu caminho à terceira vitória do Chelsea FC sobre o FC Spartak Moskva, em três jogos da formação londrina no Grupo F da UEFA Champions League.

As duas equipas entraram em campo com seis pontos somados nas duas primeiras jornadas, mas foram os visitantes, pelo qual Paulo Ferreira actuou os 90 minutos, a somar mais três pontos na classificação, graças ao golo de Zhirkov e a outro excelente tento, ainda antes do intervalo, da autoria de Nicolas Anelka. Novo triunfo quando as duas equipas se voltarem a encontrar, agora em Stamford Bridge, a 3 de Novembro, poderá carimbar o passaporte do Chelsea para os oitavos-de-final.

Depois de somar a primeira vitória em mais de uma década no Luzhniki Stadion na UEFA Champions League, na anterior jornada, frente ao MŠK Žilina, o Spartak esperava dar seguimento a esse triunfo frente ao Chelsea. E os adeptos que lotaram o estádio quase tiveram motivos para festejar logo aos dez minutos, mas o remate de Dmitri Kombarov, já dentro da área contrária, saiu ligeiramente por cima.

Em vez disso, foram os visitantes quem acabaram por desfazer o nulo, a meio da primeira parte. Zhirkov acorreu a uma bola perdida e, de primeira, desferiu um indefensável remate que bateu Andriy Dykan, naquele que foi o primeiro golo apontado pelo internacional russo com a camisola do Chelsea. O Spartak, onde era evidente a falta de criatividade causada pela ausência do habitual capitão, Alex, lesionado, desfrutava de muito tempo de posse de bola, mas Welliton pouco conseguia fazer na frente de ataque, completamente ofuscado pela actuação segura de John Terry e Branislav Ivanović no centro da defesa londrina.

No ataque do Chelsea, pelo contrário, Anelka causava inúmeras dores de cabeça ao quarteto defensivo dos moscovitas e poderia ter ampliado a vantagem da sua equipa aos 38 minutos, mas acabou por errar o alvo. O ponta-de-lança francês, contudo, depressa se redimiu, dois minutos antes do intervalo, batendo Dykan sem dificuldades, depois de um excelente passe de Michael Essien.

O Spartak aumentou o ritmo no segundo tempo, com Aiden McGeady, muito apagado durante a primeira parte, a obrigar Petr Čech a aplicar-se por duas vezes, com um par de excelentes defesas. Mas, apesar das muitas iniciativas atacantes, a turma da casa nunca pareceu realmente capaz de reduzir a desvantagem, tentando muitas vezes a sua sorte em remates de longe.

Satisfeito com o resultado, o Chelsea não se importava em conceder o domínio da partida ao adversário, mas ainda assim dispôs de uma excelente oportunidade para chegar ao terceiro golo, quando Essien atirou ligeiramente ao lado, na sequência de uma brilhante iniciativa individual de Salomon Kalou. A vitória, porém, estava assegurada.