O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

O pesadelo do Liverpool

Kaká provoca um enorme dilema a Rafael Benítez. O brasileiro deve ser marcado individualmente ou a equipa deve manter a táctica e encarar a estrela do Milan como um outro qualquer jogador?

Kaká provoca um enorme dilema a Rafael Benítez. O brasileiro deve ser marcado individualmente ou a equipa deve manter a táctica e encarar a estrela do AC Milan como outro qualquer jogador? Se escolher a primeira opção, o treinador do Liverpool FC perderá criatividade no meio-campo. Se jogar da forma habitual, o espanhol corre o risco de dar demasiado espaço a um dos melhores jogadores do Mundo.

Aversão ao risco
Para tentar bater o Milan na final da UEFA Champions League, na próxima quarta-feira, em Atenas, o treinador da equipa inglesa deverá escolher a última opção para tentar vencer a prova pela segunda vez em apenas três anos. "Sabemos que o Kaká é um jogador muito bom, mas o nosso sistema não prevê que ele seja marcado individualmente", esclareceu Benítez. "Nós marcamos à zona, é desta forma que tentamos controlar o jogo, a bola e os espaços". Só no final do encontro será possível saber se o treinador espanhol fez a opção correcta, contrariando as estatísticas que aconselham outra solução. Kaká foi habitualmente marcado de forma individual na presente edição da Serie A, levando a que tivesse apontado apenas oito golos em 31 jogos. Na UEFA Champions League, onde as marcações costumam ser à zona, o internacional brasileiro marcou dez golos em 14 encontros. "Na Europa nenhuma equipa me marca individualmente", afirmou Kaká. "Penso que o Liverpool irá fazer o mesmo".

Letal
Esta época, Kaká tem sido particularmente letal frente às equipas britânicas. Marcou o único golo dos oitavos-de-final frente ao Celtic FC e marcou mais três golos nas meias-finais, quando os italianos afastaram o Manchester United FC com um total de 5-3. ""Não sei porquê, mas sempre joguei bem frente a equipas britânicas e espero que isso volte a acontecer", explicou o atacante de 25 anos. Mas o treinador do Milan, Carlo Ancelotti, alerta que o Liverpool não é uma tradicional equipa britânica. "Penso que a única equipa realmente britânica que defrontámos até agora foi o Celtic", explicou. "O Manchester tem um futebol mais fantasista, enquanto o Liverpool aposta numa defesa sólida e no contra-ataque. Frente ao Liverpool, vamos ter menos espaço para jogar do que frente ao Manchester".

Ameaça
Espaço é algo que não deve ser dado a um jogador com a velocidade e a técnica de Kaká e Benítez está ciente desse perigo. O brasileiro foi o maestro da primeira parte da final de 2005, ajudando o Milan a ganhar uma vantagem de 3-0 sobre o Liverpool. Os ingleses só conseguiram recuperar depois do intervalo, quando Benítez lançou Dietmar Hamann para reforçar o meio-campo. Por outro lado, se o Liverpool der demasiada atenção a Kaká, jogadores como Clarence Seedorf podem aproveitar o espaço livre no meio-campo para criar perigo para a baliza de Reina. Uma coisa é certa, com marcações individuais ou à zona, Javier Mascherano vai ter muito trabalho na marcação ao Nº 22 do Milan, com o melhor marcador da UEFA Champions League a também prometer assustar os defesas-centrais Jamie Carragher e Daniel Agger.

Seleccionados para si