Números de dimensão global

O troféu da UEFA Champions League pode estar destinado a rumar a Inglaterra ou Itália, mas o futebol europeu moderno assume uma amplitude tão multinacional que são inúmeros os países onde se segue com enorme interesse a competição da presente temporada.

Dimensão cosmopolita
Com a presença de três clubes ingleses (Chelsea FC, Liverpool FC e Manchester United FC) e um transalpino (AC Milan) nas meias-finais, é sem qualquer surpresa que os futebolistas ingleses e italianos lideram a lista de jogadores em prova, com 21 e 15 elementos, respectivamente. A dimensão cosmopolita dos respectivos plantéis significa que, tomando como ponto de referência os jogadores que já actuaram na competição esta temporada, existem mais 26 nacionalidades ainda representadas.

Portugal representado
Trata-se de um salto importante, tendo em conta as 15 nacionalidades envolvidas nas meias-finais há apenas cinco anos, espelho das mudanças ocorridas na modalidade. O terceiro país da lista, logo depois de Inglaterra e Itália, é a França, com sete jogadores, seguida de Brasil e Holanda (seis), Portugal (quatro), Argentina e Espanha (três).

Park é bandeira da Ásia
Curiosamente, três dos países representados nunca produziram um jogador campeão europeu, mas sem dúvida que não faltará apoio ao Liverpool no Chile (Mark González), ao Chelsea na Costa do Marfim (Didier Drogba e Salomon Kalou) e ao Manchester na Coreia do Sul (Ji-Sung Park). Quanto ao caso de Park, o jogador poderá mesmo entrar para a história como o primeiro asiático a vencer a UEFA Champions League.

Natureza planetária
Mas a dimensão multinacional não se aplica apenas aos jogadores, já que os quatro treinadores em prova são oriundos de outros tantos países - e não há um único inglês no quarteto. Enquanto o Milan é comandado pelo italiano Carlo Ancelotti, as formações da Premiership são orientadas por um português (José Mourinho no Chelsea), um espanhol (Rafael Benítez no Liverpool) e um escocês (Sir Alex Ferguson no United). E para sublinhar a natureza planetária do futebol moderno, os três clubes ingleses são propriedade de estrangeiros - o Chelsea de um conhecido empresário russo, enquanto os americanos comandam os destinos de Liverpool e United.

(* A lista apenas contempla futebolistas que tenham actuado na competição esta época.)