Portugal surpreendido

Por Andrew Haslam, no Stade Vallée du Cher

Portugal, que é o actual detentor do título europeu da categoria, perdeu por 3-1 com a Inglaterra no Campeonato da Europa de Sub-17. Shane Paul marcou dois dos golos dos ingleses, que são assim a primeira equipa a garantir um lugar nas meias-finais.

Máximo de Pontos
O centrocampista do Aston Villa FC marcou um golo em cada parte, com o suplente Mark Davies a fazer o terceiro golo dos ingleses quase no final do encontro. A equipa dirigida por John Peacock fez um excelente jogo e conseguiu a segunda vitória consecutiva na prova. A vitória da Áustria sobre a Ucrânia no outro jogo do grupo B, complicou as contas de Portugal, que para chegar às meias-finais terá de vencer no domingo a Ucrânia e esperar que a Áustria seja derrotada pela Inglaterra.

Cinco alterações
Carlos Dinis fez cinco alterações em relação à equipa que tinha empatado a zero com a Áustria. O seleccionador português disse que esperava um jogo aberto, mas não poderia ter previsto o início frenético do encontro. Hélder Barbosa já tinha feito um remate perigoso, que fez a bola passar sobre a barra da baliza inglesa, mas aos três minutos o guarda-redes português, Ricardo Janota, não segurou um pontapé de canto e permitiu a Campbell servir Paul, que facilmente abriu o marcador, somando o seu segundo golo em outros tantos jogos.

Moreira magnífico
Os portugueses responderam e Barbosa voltou a rematar para defesa de Ben Alnwick, mas aos sete minutos foi restabelecido o empate. Bruno Gama desmarcou Bruno Moreira que, da entrada da área, fez um remate com efeito que não deu qualquer hipótese de defesa a Alnwick.

À trave
O jogo estava a ser jogado a um ritmo frenético e aos onze minutos Gama quase criou mais um golo para Bruno Moreira. O avançado recebeu o cruzamento do capitão português, rematou sem deixar cair a bola que foi devolvida pela trave.

Ao poste
Do lado oposto, Paulo Renato Rodrigues mostrou atenção ao evitar uma perigosa investida de Campbell. Kyel Reid fez então um longo cruzamento para Paul, mas o remate do avançado inglês foi direito ao poste direito da baliza portuguesa.

Começo calmo
Em contraste com o alucinante início do jogo, o começo da segunda parte foi jogado a um ritmo calmo. Mas mesmo assim, Rodrigues fez um remate que passou perto do poste e Janota teve de se aplicar para afastar o perigo criado por um ataque rápido de Reid.

Boa jogada
Aos 57 minutos, a Inglaterra voltou a tomar a liderança no marcador. Campbell penetrou pela esquerda do ataque inglês e serviu Nathan Doyle, que por sua vez assistiu Paul, com o extremo a bater friamente Janota e a fazer o seu segundo golo no jogo.

Campbell desperdiça
Campbell desperdiçou então três excelentes oportunidades de decidir o jogo, não conseguindo acertar na baliza em nenhuma das ocasiões. Face aos cinco minutos de compensação dados pelo árbitro da partida, Portugal acreditou que ainda podia recuperar, mas foi o suplente Davies quem criou mais perigo, desferindo um remate que bateu nas pernas de Janota, antes de esbarrar na trave da baliza de Portugal.

O delírio de Davies
No entanto, poucos segundos depois, Davies isolou-se, ultrapassou o guarda-redes português e completou uma memorável vitória para a sua selecção.