Portugal no bom caminho

Por Andrew Haslam em Blois

O seleccionador nacional de Sub-17, Carlos Dinis, acredita que a vitória alcançada no domingo passado, por 4-0, sobre a Ucrânia, terá sido o ponto de viragem na carreira da equipa portuguesa no Europeu da categoria.

Vitória fundamental
Portugal havia alcançado apenas um ponto nos dois jogos anteriores do Grupo B, começando a campanha com um empate sem golos frente à Áustria ao qual se seguiu uma derrota, por 3-1, frente à Inglaterra. Necessitada de uma vitória para prosseguir na defesa do título, a equipa das quinas "arregaçou as mangas" e, com golos de Bruno Gama (dois), Rui Gomes e Fausto Dias Lourenço, garantiu uma confortável e fundamental vitória.

Segue-se a França
A vitória, a par da derrota por 1-0 infligida pela Inglaterra à Áustria, colocou Portugal nas meias-finais, em detrimento dos pupilos de Paul Gludovatz, eliminados pela diferença de golos. A equipa lusa vai, agora, defrontar a equipa anfitriã, a França. Em contraste com a irregular carreira dos portugueses, o próximo adversário da equipa portuguesa dominou os três confrontos da primeira fase, alcançando três vitórias, facto que deixa Carlos Dinis perfeitamente consciente da difícil tarefa que se avizinha.

"Equipa forte"
"A França é uma equipa muito forte", afirmou o técnico português ao uefa.com. "No entanto, acho que vai ser um jogo aberto onde vamos dar tudo. Sei que eles jogam muito bem, já nos defrontámos algumas vezes, pelo que sabemos o que nos espera".

"Jogámos ao nosso nível"
Dinis frisa que é preciso aproveitar o bom momento da equipa para o jogo com os franceses, marcado para o Estádio Jean Leroi, em Blois, tendo dito após a vitória sobre os ucranianos:" Finalmente jogámos ao nosso nível. Existem muitas razões que explicam o nosso mau futebol nos dois primeiros jogos e viemos para este jogo determinados em mostrar a nossa qualidade e o nosso orgulho, que quando postos em campo, fazem, por norma, a diferença".

Tudo ou nada
O capitão de equipa lusa, Bruno Gama, alinhou pelo discurso do seu treinador ao afirmar que este foi o jogo do tudo ou nada para a selecção nacional. "Estou muito feliz com os dois golos que marquei, mas o mais importante foi o resultado final e o facto de termos chegado à meia-final", afirmou o fantasista do SC Braga.

"Podemos fazer melhor"
"Contra a Ucrânia fizemos aquilo que não aconteceu nos dois primeiros jogos, mas penso que ainda podemos fazer melhor," continuou o capitão nacional. "Conhecemos a França muito bem, dado que, no início do ano, os defrontámos e vencemos no Torneio do Algarve, por 2-1, mas agora tudo será diferente".

Começo nervoso
Rui Gomes também confirmou que os jogadores estiveram muito bem contra a Ucrânia. "Entrámos nervosos e, levados pela ansiedade, demorámos algum tempo a concentrarmo-nos no jogo. Mas depois se assentarmos o nosso futebol, fomos imparáveis".

"Mostrámos o que valemos"
"A equipa está contente com o trabalho realizado e por ter chegado às meias-finais, mas agora é altura de nos concentrarmos no próximo jogo", afirmou o avançado do Boavista FC. "É verdade que não estivemos bem nos primeiros dois jogos, mas, por fim, mostrámos o que valemos. Estamos optimistas para o jogo com a França".