Salvaguardar a integridade do futebol

Tempo, lugar e acção. Estas são as três unidades chave do sucesso do teatro clássico, e também do futebol, mas com a vantagem de, neste caso - como destacariam os amantes do jogo - nunca se saber como vai acabar.

Nesta visão tridimensional, o nosso desporto tornou-se num palco de paixões e emoções, ganhando notoriedade universal - tão universal, porém, que atrai não só os adeptos como também, infelizmente, redes criminosas. Estas redes têm igualmente os seus próprios pilares, ainda que simetricamente opostos, operando em todo o lado, a toda a hora e usando todos os meios possíveis, levando a que nuvens escuras pairem sobre a integridade das competições futebolísticas.

A especificidade do desporto não deve ser usada como arma para lidar com males que não são, de todo, exclusivos do desporto, como estes círculos ilícitos que, infelizmente, se interessaram por este nosso belo jogo. Preservar a integridade das nossas competições torna-se uma missão mais complexa dia após dia e não vamos estar a trair os nossos valores se, para o fazer, tivermos de formar também alianças com entidades exteriores ao mundo do desporto, como por exemplo as autoridades judiciais.

Acima de tudo, temos de manter a cabeça bem erguida. E, mais do que as três unidades clássicas, é a união pura e simples o que realmente importa.

A UEFA encara seriamente o seu dever de proteger o futebol. Continuará a promover, ainda e sempre, os valores da integridade e do "fair play", de forma a preservar a gloriosa incerteza do jogo de futebol.

A mais recente edição da UEFA•direct encontra-se disponível aqui.