André Lima avisa adversários

Por Rui Matos Pereira

Apesar do seu grande talento, Portugal nunca alcançou as meias-finais do Campeonato da Europa de Futsal da UEFA. No entanto, o capitão André Lima acredita que, em Ostrava, a equipa tem potencial não só para chegar aos últimos quatro, mas também para sagrar-se vencedor.

Prontos para o espectáculo
O facto de Portugal ter terminado em terceiro no Mundial de 2000 foi a prova das suas capacidades, e no último ano, em Taipé, não conseguiu passar à segunda fase de grupos, tendo ficado atrás da Espanha, que viria a ser campeã dp Mundo, e da Itália, a campeã europeia em título. André Lima, de 33 anos de idade, foi fundamental para os feitos da sua nação e avisa os adversários que Portugal "ainda pode fazer melhor do que no Campeonato do Mundo".

Evolução continua
O jogador afirmou: "Esperamos melhorar um pouco mais e pensamos que podemos fazer isso mesmo, uma vez que temos o que é necessário para ser-mos bem sucedidos". No entanto, o avançado sabe que, sendo os dois primeiros jogos com Itália e Espanha - campeão europeu e mundial, respectivamente -, um dos campeões terá que ficar pelo caminho.

Derrota espanhola
André Lima referiu: "Normalmente, não costumo falar da sorte no futsal, mas a falta dela afectou-nos durante a fase final, em Taiwan, especialmente durante o jogo com a Espanha [derrota por 3-1]. Quanto estávamos à procura do empate, eles marcaram e, depois, o nosso guarda-redes, João Benedito, foi expulso".

Início crucial
O jogador do Benfica continuou: "Começar a nossa campanha com uma vitória com a Itália ou a Espanha deixar-nos-ia em boa posição para nos qualificarmos -, desde que consigamos uma boa actuação diante da Hungria. Depois disso, teremos de estar concentrados uma vez que há equipas fortes nos outros grupos".

Competição equilibrada
De facto, André Lima - que assinou um "hat-trick" pelo seu clube na segunda mão da Taça UEFA de Futsal da época passada, que o seu clube perdeu para o Boomerang Interviú FS - admite que a competição continental é mais complicada que o Mundial. "Neste torneio, faltam apenas o Brasil e a Argentina, e os jogos são muito mais competitivos e equilibrados", disse.

Talento na baliza
Em relação a quem pode fazer a diferença na República Checa, André Lima considera que serão aqueles que os marcadores de golo, como ele próprio, têm de bater. "Este torneio será um evento marcado pela actuação dos guarda-redes, como o espanhol Luis Amado, que esteve em grande forma no Mundial e sozinho pode decidir um encontro, e o português João Benedito, que está agora a despontar a nível internacional", disse.