Melhores marcadores das qualificações europeias

Foram já milhares os golos marcados em fases de qualificação de Campeonatos da Europa ao longo dos anos, mas surpreendentemente poucos jogadores conseguiram dominar as tabelas de melhores marcadores durante largos períodos. Alguns, contudo, contribuíram com mais golos do que quaisquer outros. O UEFA.com apresenta-lhe os cinco maiores goleadores.

Robbie Keane (República da Irlanda) – 21 golos, 38 jogos (1998–)  
O novo líder, após o "hat-trick" que assinou frente a Gibraltar . Só quatro jogadores europeus – Ferenc Puskás, Sándor Kocsis, Gerd Müller e Miroslav Klose – marcaram mais golos a nível de selecções do que Keane, que leva já 65 remates certeiros pela República da Irlanda. Estreou-se com apenas 17 anos, altura em que um colega que sempre lhe serviu de inspiração lançou o presságio. "Quando cheguei pela primeira vez à selecção principal da Irlanda, Niall Quinn disse-me que eu iria chegar aos 50 golos com aquela camisola, por isso se calhar é a ele que devo este registo", afirmou Keane após ultrapassar a meia centena de golos pelo seu país, em 2011, durante um jogo de qualificação para o UEFA EURO 2012.

Esse torneio, na Polónia e Ucrânia, constitui a única fase final de uma grande competição disputada até à data por Keane. As vitórias não têm, pois, sido tantas como as que desejava, mas o mesmo não se pode dizer dos golos nem das celebrações acrobáticas que normalmente os seguem.

Jon Dahl Tomasson (Dinamarca) – 19 golos, 24 jogos (1998–2007)
Tomasson apontou dez golos em 31 jogos de qualificação para Campeonatos do Mundo, mas foi nas fases de apuramento para Campeonatos da Europa que mais brilhou, nunca tendo estado mais de dois jogos de qualificação sem marcar pelo menos um golo e tendo mesmo logrado uma série de seis golos em cinco jogos na caminhada da Dinamarca rumo ao UEFA EURO 2000.

Marcou também cinco golos na caminhada para a fase final do UEFA EURO 2004, mas quatro anos depois oito golos por si assinados não chegaram para levar o seu país até à fase final. "Tive sempre uma enorme sede de sucesso e penso que consegui tudo o que podia na minha carreira", afirmou no momento do adeus aos relvados.

Hakan Şükür (Turquia) – 19 golos, 31 jogos (1994–2007)
Ao longo de duas décadas, Şükür foi somando recordes ao serviço da sua selecção. Conquistou tal popularidade na Turquia que o seu casamento foi televisionado em directo. Melhor marcador da história do Galatasaray AŞ, melhor marcador turco de sempre na principal prova europeia de clubes e melhor marcador de sempre escalão principal do futebol turco, fez parte da selecção da Turquia que chegou aos quartos-de-final do UEFA EURO 2000 e nunca perdeu o seu faro pelo golo. Em 2006 marcou quatro golos num jogo de qualificação frente à Moldávia...tinha 35 anos, nessa altura.

Raúl González (Espanha) – 18 golos, 20 jogos (1998–2006)
"Quando ele joga, só lhe passa uma coisa pela cabeça: marcar golos", afirmou certa vez Thierry Henry. E as estatísticas comprovam-no. Raúl é, ainda hoje, o melhor marcador de sempre das competições de clubes da UEFA e, com 323 golos, é também o melhor marcador da história do Real Madrid CF. A nível de selecções, porém, os troféus escaparam-lhe, mas não os golos: 18 tentos em 20 jogos de qualificação para Campeonatos da Europa constituem, mesmo para um jogador da sua craveira, um registo digno de registo. Onze desses golos foram apontados no apuramento para o UEFA EURO 2000, liderando então a lista de goleadores nessa fase de qualificação. Contudo, marcou apenas um golo em sete jogos nas fases finais de 2000 e 2004 e ficou depois, fora do UEFA EURO 2008.

Koller festeja em 2004©Getty Images

Jan Koller (República Checa) – 18 golos, 25 jogos (1999–2007)
Com 2,02 metros de altura, Koller começou por ser guarda-redes, mas a sua forte capacidade no jogo aéreo fez dele um avançado – o seu registo recorde de 55 golos pela selecção principal checa deixa a ideia de que terá sido a decisão acertada. O Campeonato da Europa de Futebol da UEFA parecia despertar as melhores qualidades de 'Dino' (diminutivo de dinossauro, alcunha que ganhou graças à sua estatura, ainda em jovem). Com uma média de seis golos por fase de qualificação ajudou a República Checa a manter uma eficácia de 100 por cento a nível de apuramentos para fases finais (2000, 2004 e 2008) enquanto nação independente. Feitos notáveis, sobretudo se tivermos em conta que só se estreou no futebol de selecções aos 25 anos de idade.

A aproximar-se perigosamente:
Cristiano Ronaldo (Portugal) – 16 golos, 22 jogos

*Estatísticas actualizadas a 15 de Outubro de 2014