Espanha bate Noruega e segue para a final
quinta-feira, 24 de julho de 2014
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Noruega 0-2 Espanha
Um golo de María Caldentey, a 19 minutos do fim, abriu caminho ao triunfo espanhol, antes de Marta Turmo selar a vitória em cima do apito final.
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María Caldentey e Marta Turmo assinaram, nos derradeiros 19 minutos da partida, os golos que carimbaram a passagem da Espanha à final do Campeonato da Europa de Sub-19, no domingo, às custas da selecção anfitriã.
• Caldentey coloca a Espanha na frente a 19 minutos do fim
• Turmo sela o triunfo com um golo ao cair do pano
• Fim triste para o reinado de 14 anos de Torske ao leme da Noruega
• Espanha defronta Holanda na final de domingo
• Terceira final para a Espanha, que se sagrou campeã em 2004 mas perdeu em 2012
A ambição da Noruega em chegar a uma final de sonho no Ullevaal Stadion começou a cair por terra quando Caldentey, à entrada da área, deu o melhor seguimento a uma bola que chegou até si na sequência de um canto. Um disparo de primeira não deu hipóteses de defesa a Cecilie Fiskerstrand, que ainda se lançou para a sua direita. A turma da casa aumentou o ritmo em busca do empate, criou algum perigo, mas a Espanha aguentou e viu mesmo Turmo confirmar, com um cabeceamento certeiro, o triunfo e a presença na final.
Acaba assim o sonho de Jarl Torske de terminar em grande estilo o seu percurso de 14 anos à frente da Noruega. Foram surgindo, ao longo da partida, sinais de que este poderia ser o final da história, com o jogo longe de parecer um conto de fadas, mas sim um pesadelo. A chuva caiu intensamente desde o apito inicial e os relâmpagos também se fizeram sentir ao longe numa primeira parte de muitos nervos. O intervalo chegou com apenas um remate à baliza para cada lado.
O segundo tempo, porém, não poderia ter sido mais diferente. A chuva parou e o jogo melhorou. A Espanha mostrou-se mais perigosa e podia ter ganho vantagem oito minutos após o reatamento, no seguimento de um lapso da defesa norueguesa, que permitiu a Caldentey surgir isolada. Esta serviu Nahikari García, que contudo permitiu a defesa de Fiskerstrand.
Aos poucos o jogo ficou mais aberto, mas as melhores situações de golo continuaram a pertencer à Espanha, pelo que foi com naturalidade que Caldentey inaugurou o marcador. A Noruega tentou, mas não conseguiu responder e Turmo acabou com as dúvidas quanto ao vencedor.
Jorge Vilda, seleccionador espanhol
Estamos muito felizes. Jogámos bem frente a uma Noruega forte e as minhas jogadoras souberam perfeitamente o que fazer em campo. As nossas adversárias praticamente não criaram perigo, e quando já se está em vantagem e ainda se consegue marcar novo golo, aos 94 minutos, na sequência de um canto, isso mostra muita ambição. Foi uma vitória das jogadoras. Elas mereceram-na totalmente.
Não me sentei no banco durante toda a primeira parte, apesar da chuva. Tentei passar a mensagem de que estava ali para as ajudar. Não podia entrar em campo, mas se pudesse entrava.
Jarl Torske, seleccionador da Noruega
Foi uma exibição decepcionante da nossa parte, mas há que dar mérito à Espanha. Elas foram sempre muito perigosas. Nós não conseguimos desenvolver as nossas combinações habituais, faltou-nos movimentação e capacidade de passe para manter a bola. Nunca conseguimos ameaçar realmente a baliza contrária. Estivemos a 90 minutos de jogar a final em Ullevaal, mas a pressão que isso nos colocou constitui uma lição para as nossas jogadoras.
Foi o meu último jogo, pelo que é um adeus triste a esta minha carreira à frente das sub-19. Tal como as jogadoras, em queria despedir-me jogando a final em casa. Acreditei que tal fosse possível. Ao seu melhor nível, é um prazer ver esta equipa jogar futebol. Senti mesmo que a final estava ao nosso alcance e que podíamos até erguer o troféu. Mas esta Espanha é muito forte.