Bernhard elogia persistência da Alemanha

Anouschka Bernhard, treinadora da Alemanha
Nos primeiros cinco minutos tive uma sensação muito boa, mas depois o curso da partida mudou. A Espanha foi melhor nesse momento e tivemos de lutar – não conseguimos impor a nossa forma de jogar e limitámo-nos a contrariar o adversário. Ao intervalo disse às raparigas que bastava fazer o empate e ainda teríamos hipóteses. Nunca desistimos na segunda parte e marcámos próximo do fim.

Da forma como o jogo se desenrolou ficámos em melhor posição. A Espanha foi melhor durante 75 minutos, mas no final teve de se sujeitar a um desempate, e para nós já foi uma vitória o facto de termos obrigado a essa decisão, por isso não tínhamos nada a perder. Para a Espanha foi complicado e isso transformou-se numa vantagem para nós.

Estamos muito orgulhosas com aquilo que as jogadoras fizeram nas últimas duas semanas, não só pelo torneio realizado, mas também por ser uma grande experiência para o seu desenvolvimento pessoal. Isto é bastante importante para elas e fizeram um excelente trabalho.

Jorge Vildas, treinador da Espanha
Penso que dificultámos ao máximo a tarefa da Alemanha e estou satisfeito com o trabalho de toda a equipa. Às vezes o futebol é injusto. É mais uma experiência de aprendizagem para as minhas jogadoras – estão-se a desenvolver e isto vai ajudá-las a aprender e a compreenderem que ganhar um torneio é verdadeiramente complicado. O desempate correu de feição à Alemanha e felicito-a pelo título ganho.

Tivemos muito mais oportunidades que o adversário, mas não fomos capazes de as concretizar. Parecia que o segundo golo podia acontecer a qualquer momento, mas ficámos um pouco nervosos e começámos a apostar mais em passes longos. Sabíamos que, fisicamente, elas eram mais fortes, e depois acabaram por chegar ao empate e prevalecer nos penalties.

Elas são muito mais jogadoras agora do que quando chegaram, há duas semanas. Isto ajuda-as a nível profissional e pessoal e estou muito orgulhoso do trabalho que fizeram.