O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Espanha dá passo em frente

Um ano depois de se ver derrotada por 7-0 diante da Alemanha na final, a Espanha foi a justa vencedora da edição de 2009/10 do Europeu Feminino de Sub-17, marcado pela surpreendente campanha da Irlanda.

A Espanha foi mais feliz nos penalties e fez a festa na final frente à Irlanda
A Espanha foi mais feliz nos penalties e fez a festa na final frente à Irlanda ©Sportsfile

Um ano depois de se ver derrotada por 7-0 diante da Alemanha na final do Campeonato da Europa Feminino de Sub-17, a Espanha regressou ao Estádio Colovray, em Nyon, na Suíça, para conquistar o título da edição 2009/10.

Pela primeira vez em três anos de história da competição, não foi a Alemanha a sagrar-se campeã, batida por 1-0 nas meias-finais pela República da Irlanda, selecção estreante a este nível. A Espanha, por seu lado, mostrou o seu valor na respectiva meia-final, na qual bateu a Holanda por 3-0 e, após uma igualdade sem golos ao fim de 100 minutos, foi pela primeira vez necessário recorrer ao desempate por penalties para decidir o vencedor da prova.

E o desempate não poderia ter começado da melhor forma para as espanholas, pois Sara Mérida, Laura Gutiérrez e Amanda Sampedro converteram com êxito as três primeiras tentativas e, pelo meio. a guarda-redes Dolores Gallardo defendeu os remates de Rianna Jarrett e Jessica Gleeson. Ciara O'Brien bateu depois Gallardo e conferiu ainda alguma réstia de esperança à Irlanda, mas Ana Maria Catala não tremeu e converteu a grande penalidade que deu à Espanha o triunfo por 4-1.

Revelou-se uma história bem diferente daquela que as espanholas viveram um ano antes, quando se viram esmagadas pela Alemanha, mas houve como que uma espécie de continuidade no trabalho realizado na selecção. Não só o treinador que a levou ao título foi Jorge Vilda, de 28 anos, filho de Ángel Vilda, seleccionador espanhol nas anteriores edições, como houve jogadoras, casos de Gutiérrez e Sampedro, entre outras, que tinham marcado presença na final em 2009.

Sampedro, que festejou o seu 17º aniversário precisamente no dia em que ergueu o troféu, afirmou ao UEFA.com: "A experiência vivida no ano passado foi uma lição importante, com a qual aprendemos bastante. A partir do momento em que conseguimos chegar novamente à final, o nosso único objectivo era agora sair vencedoras."

Do lado da Irlanda, houve também muitas ilações positivas a retirar, apesar da derrota na final. Nunca antes qualquer selecção irlandesa se qualificara para uma grande competição e, com a presença no encontro decisivo do Campeonato da Europa Feminino de Sub-17, garantiu também um lugar no próximo Campeonato do Mundo Feminino da categoria. A vitória sobre a Alemanha constituiu a primeira derrota das germânicas na competição desde que esta foi lançada, em 2007/08.

"As minhas jogadoras aprenderam muito com esta campanha e sabemos que podemos fazer ainda melhor", garantiu o técnico Noel King, que tem alcançado cada vez melhores resultados também à frente da selecção principal feminina da Irlanda. "Este acaba por ser um dos maiores momentos não só do futebol feminino da Irlanda, mas de todo o futebol irlandês."

A derrota diante da Irlanda surpreendeu por completo as jogadoras alemãs, que nesta temporada ainda não tinham sofrido qualquer golo, mas quatro dias depois as germânicas voltaram aos bons resultados ao baterem a Holanda por 3-0, garantindo o terceiro lugar, que lhes permite juntarem-se às espanholas e às irlandesas como representantes da Europa no próximo Mundial, que terá lugar em Trindade e Tobago.

A Holanda, tal como aconteceu com a selecção principal e a selecção Sub-19 nos últimos Campeonatos da Europa, caiu por terra nas meias-finais. Mas, depois de ter ficado pelo caminho mais cedo na prova nas duas temporadas anteriores, apesar de não perder qualquer jogo, este constituiu, ainda assim um passo em frente.