Sarina Wiegman a dançar ao som da sua própria música no Women's EURO 2025

"Quando a ouvi pela primeira vez, fiquei muito surpreendida, mas mostra o quão ligadas estamos aos nossos adeptos." Sarina Wiegman refere-se à canção "Tequila", dos Champs, o clássico animado de rock and roll que os adeptos ingleses têm cantado nos estádios e nas ruas da Suíça, substituindo o título da música por "Sarina".

A treinadora de Inglaterra até se juntou à música quando as suas jogadoras a cantaram numa roda comemorativa após vencerem a Itália por 2-1 no prolongamento e chegarem à final. O cântico carinhoso reflecte o respeito e a gratidão que os adeptos ingleses sentem pela primeira técnica a liderar as Lionesses a um título há três anos e, desde então, a mais duas finais de grandes torneios.

O UEFA Women's EURO 2025 não foi fácil para a equipa de Wiegman, com a Inglaterra a perder o jogo de estreia diante da França e a precisar de reverter a desvantagem no final dos quartos e das meias-finais. Contudo, a técnica tem gostado do percurso da sua equipa.

"Tem sido emocionante, intenso e adorei trabalhar com a equipa", disse ao womenseuro.com. "Penso que a equipa tem sido incrível. A união, o trabalho árduo, as reacções, os contratempos – claro, não só o jogo contra a França, mas também os contratempos durante os jogos e a resposta dada. É simplesmente incrível como a equipa se tem saído. Embora tenha sido muito intenso, também gostei muito."

A principal mensagem promocional do Women’s EURO 2025 é a "Cimeira das Emoções" – incorporando tanto a paisagem montanhosa da Suíça como a capacidade do futebol para transmitir todo o espectro de emoções humanas. Wiegman viveu certamente toda esta amplitude durante a atribulada viagem de Inglaterra até à final, dizendo que sentiu "tudo – alegria, tristeza, decepção, entusiasmo. Sempre tive fé, mas também houve momentos difíceis de acreditar."

O CEO da Federação Inglesa de Futebol, Mark Bullingham, garantiu que Wiegman "parece sempre a pessoa mais tranquila no estádio, e não tenho dúvidas de que isso ajuda nos momentos críticos". De facto, as suas astutas substituições mudaram o jogo neste torneio. Michelle Agyemang saiu do banco duas vezes para marcar o golo do empate quando as Lionesses estavam à beira da eliminação, e as entradas de Chloe Kelly trouxeram assistências e tranquilidade nos penáltis.

Agora, as inglesas defrontam a Espanha, a selecção que as derrotou na final do Campeonato do Mundo Feminino da FIFA, há dois anos. "Penso que as duas equipas se respeitam muito", explica a seleccionadora de Inglaterra.

"Elas são boas com bola, por isso espero que tenham um pouco mais de posse mas também jogámos partidas em que tivemos uma certa posse de bola. Estamos apenas a preparar-nos da melhor forma possível. Temos de defender muito bem e tentar prejudicá-las noutras alturas."

As finais são ocasiões familiares para Wiegman, cujas equipas participaram nas últimas cinco finais do Women's EURO e do Campeonato do Mundo – uma de cada vez com a sua selecção natal, os Países Baixos, que levou ao título europeu em 2017, antes de se juntar à Inglaterra em 2021 e repetir o feito um ano depois.

Na Suíça, a técnica neerlandesa inovou ao ser a primeira a treinar em 16 jogos do Women's EURO e, se a Inglaterra vencer a final de domingo, passará a ser a única a ter vencido 14 jogos na competição.

O que significaria para ela erguer o troféu do Women's EURO pela terceira vez consecutiva? "Significa muito para a Inglaterra, significa muito para a equipa, é muito importante para todos os envolvidos, por isso também significa muito para mim."