Chloe Kelly tranquila sob pressão com a Inglaterra no Women's EURO 2025
sexta-feira, 25 de julho de 2025
Sumário do artigo
"A Chloe Kelly foi feita para os grandes momentos", diz Lucy Bronze sobre a autora do golo da vitória da Inglaterra nas meias-finais, cujas 11 participações na Women's EURO aconteceram todas vindas do banco de suplentes.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
Um toque instintivo, um remate à queima-roupa para a baliza e escassa atenção à pressão de estar no prolongamento: se o golo de Chloe Kelly perto do fim do jogo contra a Itália, na terça-feira, pareceu demasiado familiar, é porque foi mesmo.
Três anos depois de ter ajudado a Inglaterra a conquistar o título do UEFA Women's EURO 2022, ao marcar um golo muito parecido, a avançada voltou a brilhar para agendar a segunda final consecutiva para o seu país. Como diz o ditado: não há duas sem três.
"A Chloe Kelly foi feita para os grandes momentos", disse a sua companheira de equipa Lucy Bronze ao womenseuro.com após o triunfo da Inglaterra nas meias-finais, em Genebra. "Toda a gente sabe isso desde os torneios anteriores e ela voltou a chegar-se à frente."
Kelly foi suplente utilizada nos cinco jogos da Inglaterra na Suíça, mas no início do ano a sua participação no torneio parecia ainda incerta.
A jogadora de 27 anos não jogava com regularidade no Manchester City e, em Janeiro, optou por se transferir para o Arsenal por empréstimo, em busca de mais minutos – citando o desejo de representar a Inglaterra no Women's EURO como um factor fundamental.
Kelly voltou a estar em forma na segunda metade da época no Arsenal, tendo sido titular na vitória das Gunners na final da UEFA Women's Champions League contra o Barcelona, em Maio.
Suplente com impacto
Tendo saído do banco de suplentes nos seis jogos da Inglaterra no Women's EURO, há três anos, Kelly foi novamente utilizada por Sarina Wiegman como suplente com impacto neste torneio.
Nos quartos-de-final da Inglaterra contra a Suécia, Kelly entrou em campo aos 77 minutos, com as Lionesses a perderem por 2-0. Quatro minutos mais tarde, dois dos seus cruzamentos deram origem aos golos de Lucy Bronze e Michelle Agyemang, e a Inglaterra empatou a partida.
De seguida, mostrou nervos de aço para manter a Inglaterra na decisão por penáltis, convertendo a quinta tentativa da sua equipa, depois de Jennifer Falk, da Suécia, ter defendido três remates das Lionesses.
Este foi o terceiro penálti convertido por Kelly num desempate por pontapés da marca de grande penalidade pela Inglaterra, depois de ter marcado contra a Nigéria no Campeonato do Mundo Feminino de 2023 e contra o Brasil na Finalíssima Feminina no mesmo ano.
Na meia-final de terça-feira, Kelly voltou a entrar aos 77 minutos e, depois de o golo do empate de Agyemang, aos 96, ter levado o jogo para o prolongamento, interveio para bater um penálti aos 119.
Laura Giuliani defendeu a grande penalidade, mas Kelly bateu com frieza a recarga e foi eleita a Melhor em Campo. "Aquele penálti não era para ter acontecido", disse Kelly após o jogo. "Mas eu estava pronta para a recarga e estou pronta para qualquer oportunidade que me for dada usando o emblema da Inglaterra."
Kelly celebrou o seu golo na final de há três anos acenando enfaticamente com a camisola acima da cabeça, desta vez fez um gesto de "calma" com as mãos – como que querendo transmitir a mensagem: 'Calma, eu ia marcar na recarga."
"Ela transcende-se naqueles momentos em que todos os olhos estão postos nela."
Depois do jogo, a defesa Esme Morgan, da Inglaterra, disse: "Ela transcende-se naqueles momentos em que todos os olhos estão sobre ela e sabe que precisa de fazer alguma coisa, e tem essa crença em si mesma."
A treinadora da Inglaterra, Sarina Wiegman, concordou: "Ela está entusiasmada com esses momentos, adora-os – nota-se."
A avançada do Arsenal está agora a saborear a perspectiva de fazer mais história com a Inglaterra em Basileia, no domingo: "Três finais consecutivas – e queremos mais", afirmou.