Lucy Bronze determinada a continuar a dar tudo pela Inglaterra

"Desde que comecei a jogar, chegámos sempre às meias-finais, por isso não podíamos falhar", disse Lucy Bronze, em êxtase, ao womenseuro.com após a vitória da Inglaterra sobre a Suécia nos quartos-de-final do UEFA Women's EURO 2025.

Poucas jogadoras se podem gabar de um historial tão consistente em torneios internacionais como Bronze, com a jogadora de 33 anos a ser brilhar em seis campanhas inglesas consecutivas rumo às meias-finais, entre Women's Europeu e Mundiais. Frente à Suécia, a lateral-direita do Chelsea foi. Aos 79 minutos, na sua 138ª partida pela Inglaterra, marcou de cabeça após um cruzamento de Chloe Kelly para dar início à reacção da sua equipa e, mais tarde, converteu o último penálti da Inglaterra no desempate por pontapés da marca de grande penalidade.

Em 2019, Bronze tornou-se a primeira defesa a ser eleita Jogadora do Ano da UEFA, e soma já cinco títulos da UEFA Champions League, com as camisolas de Lyon e Barcelona. Há três anos, ergueu o seu primeiro troféu pela Inglaterra, na conquista, como anfitriã, do Women's EURO 2022, e dois anos depois foi titular na final do Mundial, que a Inglaterra perdeu por 1-0 com a Espanha.

Questionada sobre a sua motivação para continuar a dedicar-se ao máximo pelo país, Bronze respondeu: "O meu 'porquê' é que simplesmente adoro trabalhar arduamente e adoro este desporto. Comecei a jogar futebol porque adorava e, com adorava, queria trabalhar mais e mais."

"Tenho uma foto minha contra a Suécia em 2019, absolutamente exausta no final do jogo, porque dei e darei tudo e mais alguma coisa quando visto a camisola da Inglaterra."

As câmaras também estavam focadas em Bronze quando esta estava deitada no chão, a colocar uma ligadura na própria coxa durante o prolongamento frente à Suécia — ligadura que retirou mais tarde, quando chegou a sua vez de bater uma grande penalidade.

A defesa era a sétima na ordem de grandes penalidades da Inglaterra, atrás de quatro colegas de equipa cujas cobranças foram defendidas, e a pressão era grande. Mas, apesar de ser o seu primeiro penálti pela seleção, rematou com confiança, batendo Jennifer Falk – com a Inglaterra a garantir depois, enfim, a qualificação quando Smilla Holmberg falhou na tentativa seguinte da Suécia.

"Não sei tenho muita experiência nos penáltis – nunca tinha marcado um pela Inglaterra antes – mas sei que confio na minha capacidade e na Hannah [Hampton] como nossa guarda-redes, por isso sabia que tinha de me esforçar para concretizar um pela equipa", reflectiu após o apito final.

O papel de Bronze na selecção de Inglaterra vai para além do que faz dentro das quatro linhas. É normalmente a colega a quem as jogadoras menos experientes recorrem durante os treinos.

"Alguém que me abraça sempre é a Lucy Bronze", disse a média Grace Clinton ao womenseuro.com. "Tenho muito respeito por ela como jogadora, mas também como pessoa. Ela cuida realmente de mim e dá-me conselhos muito bons."

Como alguém que se dá bem sob pressão, Bronze está entusiasmada com a perspectiva de defrontar a Itália por um lugar na final. "É mais uma equipa de topo, como temos visto, e que merece estar nas meias-finais", disse ela. "Estamos muito entusiasmadas por defrontá-la"

Lotte Wubben-Moy (à esquerda) recebe um pouco de sabedoria de BronzeGetty Images