Women's EURO 2025: Montserrat Tomé quer Espanha à altura do estatuto
sexta-feira, 27 de junho de 2025
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"Fazemos algo que gostamos e devido à qualidade da equipa o desafio é ganhar o título", diz a selecionadora da Espanha antes do UEFA Women's EURO 2025.
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Tendo vencido o Campeonato do Mundo Feminino em 2023 e a primeira edição da UEFA Women's Nations League, em 2024, não é surpresa que a Espanha esteja a ser considerada uma das favoritas à vitória no UEFA Women's EURO 2025.
Adjunta de Jorge Vilda na equipa vencedora desse Campeonato do Mundo, Montserrat Tomé, antiga média do Barcelona e da Espanha, orienta a equipa desde 2023 e sente que esta não se deixa intimidar pela sua própria reputação enquanto se prepara para a acção na Suíça.
Sobre o ambiente na equipa
Antes de iniciarmos a nossa campanha, um dos objectivos que estabeleci para mim própria foi aproveitar. Preparámo-nos para este torneio o ano todo. Está quase a começar e demos o máximo para chegar ao primeiro jogo prontas. A equipa está bem, a atravessar um bom momento e a preparar-se com treinos intensos.
Sobre a pressão de ser encarada como favorita à conquista do título
Em vez de pressão, sinto que é o nosso trabalho. Fazemos algo que gostamos de fazer e, devido à capacidade da equipa, o desafio é dar o melhor de nós mesmas. Isto é um desporto e, no fim de contas, são 16 selecções que se preparam muito bem, que têm boas capacidades, e tudo pode acontecer num só jogo.
A nossa responsabilidade absoluta é trabalhar arduamente, dar o nosso melhor, estar o mais bem preparadas possível para o primeiro dia e, a partir daí, para que a equipa cresça durante o torneio e em todos os jogos. Assim, em vez de nos sentirmos pressionadas, sentimos que é nosso dever fazer o nosso trabalho correctamente e procurar competir por tudo o que está ao nosso alcance.
Sobre a presença de várias jogadoras do Barcelona
Temos um número significativo de jogadoras do Barça. É uma equipa que sempre teve muito sucesso, uma das melhores do campeonato espanhol e que o conquistou várias vezes. Mesmo não tendo ganho esta edição da UEFA Women's Champions League, vinha de dois títulos seguidos na prova.
Portanto, utilizamos essas jogadoras com muita frequência, mas aqui há uma dinâmica diferente. A selecção é sempre diferente de um clube. Estas jogadoras adaptam-se muito bem às exigências da selecção quando se trata de criar entrosamento com jogadoras de outros clubes, com estilos de jogo diferentes, e todas compreendem que a selexção tem o seu próprio estilo de jogo e que foram escolhidas porque sentimos que têm a capacidade de implementar o estilo de jogo que caracteriza a Espanha. Quando estão cá, não pensamos qual o clube que representam, e elas também não, por isso é óptimo ver a rapidez com que se adaptam às nossas exigências.
Sobre os principais adversários da Espanha
Sinto que a França melhorou significativamente ao longo do ano. Fizemos um jogo amigável contra elas e a sua forma de jogar evoluiu desde então. É uma equipa com um potencial ofensivo muito elevado com [Kadidiatou] Diani, [Marie-Antoinette] Katoto, jogadoras como [Selma] Bacha, que se liga muito bem com as colegas do ataque. As suas laterais são sempre muito atléticas e rápidas.
A Alemanha está sempre presente e costuma chegar longe no torneio. Além disso, fez uma grande campanha na Nations League e é uma equipa que procura defender bem e depois fazer uso de transições rápidas. A Inglaterra também é candidata e defrontámo-la recentemente na Nations League, além de que é a campeã europeia. Por tudo o que disse, qualquer um deles é um adversário a ter em conta.