Fase de grupos da UEFA Women's EURO 2025: seis coisas a ter em conta

O UEFA Women's EURO 2025 arranca na Suíça a 2 de Julho, pelo que destacamos alguns pontos-chave do aí vem, com os 16 participantes a disputar as vagas nos quartos-de-final em quatro grupos.

Conseguirão a Inglaterra e Wiegman repetir o feito?

Após conquistar o seu primeiro grande troféu feminino em 2022, em casa, a Inglaterra pode tornar-se na segunda selecção, depois da Alemanha, a conquistar o título do Women's EURO. Esse é, também, o desafio de Sarina Wiegman, a treinadora que conduziu depois a Inglaterra à sua primeira final do Campeonato do Mundo Feminino um ano após a conquista do EURO. No entanto, as inglesas terão pela frente um início duro com a França e os Países Baixos, antes de defrontarem o vizinho País de Gales.

Campeã mundial Espanha tenta nova glória

Em 2005 e 2009, a Alemanha confirmou o seu estatuto de campeã mundial ao conquistar o título do Women's EURO com vitórias em todos os jogos. Agora, a Espanha, que derrotou a Inglaterra por 1-0 0 para conquistar o título no Campeonato do Mundo Feminino de 2023, em Sydney e, posteriormente, também venceu a primeira UEFA Women's Nations League, tenta imitar os feitos das germânicas.

O título europeu é, de facto, o único que a Espanha ainda não conquistou, mas com nomes como Alexia Putellas e Aitana Bonmatí, Bola de Ouro, na equipa, tudo é possível.

Potências tradicionais à espreita

Há muitas equipas com hipóteses de frustar os intentos da actual campeã europeia e da campeã mundial no torneio da Suíça. A Alemanha não conquista um grande troféu desde 2016, mas só perdeu contra a Inglaterra no prolongamento da final do EURO 2022 e derrotou a Espanha na disputa do bronze olímpico em 2024.

À espera da Alemanha no Grupo C está a Suécia, que recentemente chegou longe em vários grandes torneios, com a prata olímpica em 2021, a presença nas meias-finais do Women's EURO 2022 e o bronze no Campeonato do Mundo de 2023.

A Noruega, que defrontará a anfitriã Suíça no dia de abertura, em Basileia, foi campeã mundial, europeia e olímpica entre 1987 e 2000. Uma equipa que conta com Caroline Graham Hansen, Frida Maanum, Guro Reiten e Ada Hegerberg no ataque não deve ser subestimada.

Os Países Baixos conseguiram o apuramento directo contra a Noruega e querem recuperar o troféu conquistado em casa em 2017. Num grupo que conta com a Inglaterra e a França, que destronou as neerlandesas nos quartos-de-final de 2022, a equipa de Andreas Jonker mistura veteranas de 2017 como Vivianne Miedema, Daniëlle van de Donk, Jill Roord e a jogadora mais internacional de sempre na Europa, Sherida Spitse, com jovens talentos como Esmee Brugts, Wieke Kaptein e a guarda-redes Daphne van Domselaar.

Novo nome no troféu?

A França pode não ter sido campeã, mas está sempre entre as favoritas e, ultimamente, tem feito boas campanhas em grandes torneios, tendo chegado às meias-finais do EURO 2022 e à sua primeira final sénior na Nations League. Laurent Bonadei substituiu Hervé Renard e tem um plantel que terminou acima da Inglaterra e da Suécia no seu grupo de qualificação.

A Itália, duas vezes vice-campeã mundial na década de 1990, também ficou no topo de um grupo de qualificação difícil e experiência é coisa que não falta no plantel de Andrea Soncin.

A Dinamarca, vice-campeã em 2017, não tem a vida facilitada num grupo com a Alemanha e a Suécia, mas teve um desempenho sólido tanto na Nations League de 2023/24 como na Qualificação Europeia. Além disso, uma equipa que inclui Pernille Harder e Signe Bruun, bem como algumas defesas experientes, não é de desprezar.

Menos favoritos à procura de surpreender

Depois de ter chegado aos oitavos-de-final do Mundial 2023 (caiu diante da campeã Espanha), a Suíça tem no comando Pia Sundhage, que venceu esta competição como jogadora em 1984 com a Suécia e conseguiu feitos notáveis como treinadora à frente de Estados Unidos, Suécia e Brasil.

No grupo da Suíça, a Islândia e a Finlândia, habituais presenças nas fases finais, juntam-se à Noruega. No Grupo B, a Bélgica pode contar com a experiência no EURO 2022, quando chegou aos quartos-de-final à custa da Itália; as duas equipas voltam a encontrar-se, enquanto Portugal passou 2024 invicto e começou 2025 com um empate com a Inglaterra.

As duas estreantes na fase final da competição encontram-se ambas em grupos difíceis. A Polónia defronta a Dinamarca, a Alemanha e a Suécia, mas é liderada pela talvez mais prolífica goleadora da Europa neste momento, Ewa Pajor. O País de Gales mede forças com os Países Baixos, a França e a Inglaterra, depois de ter ultrapassado a Eslováquia e a República da Irlanda no play-off, e vai procurar inspiração na recordista de golos Jess Fishlock, que se estreou em 2006.

Que estrelas irão brilhar?

Grande parte da Equipa do Torneio do EURO 2022, incluindo Keira Walsh, Bonmatí, Alex Popp e a Jogadora do Torneio, Beth Mead, deverá estar de volta, enquanto a Alemanha espera igualmente que a Jovem Jogadora do Torneio, Lena Oberdorf, queira mostrar-se depois de ter falhado a segunda metade de 2024 devido a lesão. Goleadoras na qualificação como Maanum, bem como as alemãs Lea Schüller e Klara Bühl, Fishlock, Pajor a belga Tessa Wullaert juntam-se outras jogadoras experientes como Graham Hansen, Putellas, Miedema, Harder e Wendie Renard.

Muitas jovens jogadoras têm potencial para serem as novas estrelas, à semelhança de Oberdorf e Alessia Russo em 2022. Poderá Vicky López causar um impacto ao estilo de Lamine Yamal pela Espanha? Serão Jess Park ou Grace Clinton as novas estrelas da Inglaterra? Vicki Becho para a França, Kaptein para os Países Baixos; há talentos emergentes em todas as 16 selecções que poderão conquistar o seu lugar no mario palco europeu.