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Resumo do relatório técnico da UEFA Women's Champions League 2022/23: Pressão alta e velocidade

A UEFA Women's Champions League teve mais uma campanha fascinante em 2022/23, com o Barcelona a conquistar o seu segundo título.

Alexia Putellas, do Barcelona, ergue o troféu da UEFA Women's Champions League
Alexia Putellas, do Barcelona, ergue o troféu da UEFA Women's Champions League UEFA via Getty Images

A edição 2022/23 da UEFA Women's Champions League foi mais uma campanha emocionante na história do torneio, que terminou com a vitória do Barcelona sobre o Wolfsburgo (3-2) na final em Eindhoven, que valeu o segundo título às catalãs.

Os observadores técnicos da UEFA seleccionaram alguns dos aspectos mais interessantes da temporada, incluindo a análise das jogadoras mais rápidas, a eficácia da pressão alta contra um bloco baixo e as excelentes exibições de Aitana Bonmatí.

Relatório técnico na íntegra

1) 3,5 golos por jogo

Os 211 golos marcados ditaram uma média de 3,46 por jogo e representaram uma queda marginal (4 por cento) em relação à temporada anterior. A nível colectivo brilhou o Barcelona, que teve uma média de 25 remates por jogo e 3,6 golos colocam os campeões bem à frente em termos de potencial de ataque. Destaque também para os muitos remates de cabeça, reflexo do estilo de jogo utilizado. Nesse capítulo, destaque para o Wolfsburgo, que beneficiou da capacidade de Alex Popp e Ewa Pajor no jogo aéreo, com um aproveitamento de 27 por cento.

2) Pressão alta contra blocos baixos

Os dez melhores golos da época na Women's Champions League

"Defender no meio-campo adversário através de pressão alta colectiva teve um impacto claro", comentaram os observadores técnicos, "com muitas equipas mais corajosas em manter linhas altas do que na temporada anterior". O Arsenal, citado como uma "equipa de contra-pressão brilhante", marcou três vezes após recuperação em zonas altas na goleada frente ao campeão Lyon, aproveitando o risco das francesas em situações de um-contra-um que, após perdas de bola, deixavam muitos espaços vazios para explorar. Apesar de várias goleadas na fase de grupos, ficou evidente que algumas equipas enfrentam dificuldades ante adversários que, apesar de dominadores a nível interno, nas competições europeias se apresentam de forma mais compacta a defender, como blocos médios ou baixos.

3) Transições ofensivas

Assistências da época na Women's Champions League

Ter cuidado com o excesso de vontade na hora de atacar foi um factor decisivo quando equipas menos cotadas defrontaram opositores de elite, pois por vezes a combinação de pressão alta com blocos defensivos baixos deixou a equipa que atacava com pouco espaço para aproveitar após recuperações no meio-campo adversário. Assim, foi curioso ver algumas equipas de topo cederem de forma propositada a iniciativa ao adversário, na esperança de o apanhar em contra-pé e com espaço para explorar nas costas da defesa.

4) Velocidade como arma

A temporada demonstrou que se continuam a estabelecer referências em termos de condição física, com velocidade e resistência a serem cada vez mais importantes e em todas as posições. Algumas protagonistas da época passada mantiveram-se em lugares cimeiros mas sem que as jogadoras ofensivas dominassem a tabela, notando-se a inclusão de jogadoras de cariz defensivo, pois para travar avançadas velozes convém ter defesas velozes, e inclusive ligeiras mudanças de papel, como Sveindís Jónsdóttir, do Wolfsburgo, que na final não foi extremo declarado mas antes uma ala que fez todo o corredor. A nível individual, destaque para Caroline Graham Hansen, do Barcelona, cujos 32,4 km/h no jogo frente à Roma foi a velocidade máxima registada nesta edição.

5) Jogadora da Época: Aitana Bonmatí

Jogadora da Época da Women's Champions League: Aitana Bonmatí

Os cinco golos e oito assistências da centrocampista do Barcelona fizeram dela a jogadora com maior contributo ofensivo na competição. Mas Aitana Bonmatí não se limitou a isso, com o duelo frente ao Chelsea, nas meias-finais, a servir como exemplo perfeito, como destacaram os observadores técnicos da UEFA. Na primeira mão, Gemma Grainger disse: "Ditou o ritmo e geriu a posse de bola do Barcelona por forma a que a equipa controlasse o jogo. No segundo jogo, Joe Montemurro acrescentou: "Foi incansável na recuperação da bola e o seu posicionamento fundamental para equilibrar a equipa, tanto a atacar como a defender".

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