França conquista título mundial de Sub-20
sábado, 13 de julho de 2013
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Dimitri Foulquier converteu a grande penalidade decisiva, depois de Alphonse Areola defender dois penalties dos jogadores uruguaios, e permitiu à França conquistar pela primeira vez o Mundial de Sub-20.
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Pierre Mankowski agradeceu aos seus jogadores a "fantástica caminhada" realizada, depois de ter guiado a França à conquista do Campeonato do Mundo de Sub-20.
Nenhuma selecção europeia havia conquistado a prova desde o triunfo da Espanha em 1999, mas a França, mesmo privada do contributo do influente defesa-central Samuel Umtiti, castigado, conseguiu, em fim, colocar ponto final nessa série negativa em Istanbul, ao bater na final o Uruguai por 4-1 no desempate por penalties, depois de um nulo ao cabo de 120 minutos. Coube ao também defesa Dimitri Foulquier converter a grande penalidade decisiva, mas a maior estrela em Istambul foi Alphonse Areola, guarda-redes gaulês que defendeu duas grandes penalidades batidas pelos jogadores uruguaios.
Ao leme da "geração de 1993", Mankowski tornou-se assim no quarto treinador a guiar a França a um título mundial, precisamente 15 anos e um dia depois de Aimé Jacquet ter conduzido a selecção principal de França ao título de campeã do Mundo em 1998, antes de Jean-François Jodar fazer o mesmo com os Sub-17 em 2001 e de Guy Ferrier levar as suas pupilas à conquista do Campeonato do Mundo Feminino de Sub-17 de 2012.
"Foi complicado", reconheceu Mankowski, que fazia parte da equipa técnica da selecção francesa derrotada pela Itália no desempate por penalties na final do Campeonato do Mundo de 2006, em Berlim. "Seis semanas aqui é muito tempo, mas os jogadores tudo fizeram para merecer erguer este troféu. Foi uma caminhada fantástica pela Turquia para todos eles e para todos os que nos apoiam".
A França somou apenas quatro pontos na fase de grupos, onde se viu batida por uma Espanha que havia já derrotado os pupilos de Mankowski no desempate por penalties nas meias-finais da prova de apuramento para esta competição, o Campeonato da Europa de 2012, disputado na Estónia. Mas, a partir da fase a eliminar, os gauleses não mais olharam para trás, deixando pelo caminho a Turquia, o Uzbequistão e o Gana para garantirem lugar numa final presenciada por 20 mil espectadores no Estádio Ali Sami Yen Spor Kompleksi. Entre esses espectadores esteve o seleccionador principal de França, Didier Deschamps, que viu o médio da Juventus, Paul Pogba, receber a Bola de Ouro, como melhor jogador do torneio.
"É uma alegria enorme", afirmou o lateral-direito Lucas Digne. "Ainda não temos bem consciência do que alcançámos, mas temos noção de que foi algo de fantástico. Tivemos mais posse de bola durante a final. Mantivemos sempre a calma, pois sabíamos que tudo ia acabar por correr bem para o nosso lado".
Com jogadores como Pogba, o guarda-redes Alphonse Areola, suplente do Paris Saint-Germain FC, o extremo Florian Thauvin ou Umtiti, uma das revelações da UEFA Europa League 2012/13, entre outros, Willy Sagnol, seleccionador francês de Sub-21, herda assim uma série de futebolistas de enorme qualidade, aos quais se junta ainda Raphaël Varane, do Real Madrid CF, ausente desde Campeonato do Mundo devido a lesão.
Entre os seus principais rivais com vista ao Campeonato da Europa de Sub-21 de 2015, na República Checa, estarão as outras equipas europeias que também marcaram presença neste Mundial de Sub-20, na Turquia. A Espanha, para muitos a grande favorita à conquista da prova, na qualidade de campeã da Europa, caiu por terra nos quartos-de-final, ao perder por 1-0 ante o Uruguai, após prolongamento, enquanto Portugal, Croácia, Grécia e a anfitriã Turquia se viram afastadas nos oitavos-de-final, com a Inglaterra a não ir além da fase de grupos.