Chapéu de Lykogiannis leva Grécia à final
quinta-feira, 12 de julho de 2012
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Inglaterra 1-2 Grécia (ap)
Uma finalização vistosa de Charalambos Lykogiannis apurou os gregos, reduzidos a dez jogadores, para a final de domingo, em Tallinn.
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Uma finalização vistosa de Charalambos Lykogiannis assegurou à Grécia, reduzida da dez jogadores desde o fim da primeira parte, a recompensa pelo esforço heróico da sua defesa na vitória sobre a Inglaterra no prolongamento rumo à final do Campeonato da Europa de Sub-19.
Derrotada pela Espanha na final de 2007, a Grécia criou mais perigo numa primeira parte jogada sob chuva torrencial e ganhou vantagem aos 38 minutos, quando Bougaidis Mavroudis marcou de cabeça na sequência de um canto. Nos instantes finais do primeiro tempo os pratos da balança pareciam pender a favor de Inglaterra, depois do guarda-redes grego, Stefanos Kapino, ter sido expulso por derrubar Benik Afobe dentro da área, mas o suplente Sokratis Dioudis defendeu a grande penalidade de Robert Hall. Afobe empatou finalmente de cabeça aos 56 minutos, mas a Grécia resistiu estoicamente e, aos 18 minutos do prolongamento, ganhou uma vantagem que se viria a revelar decisiva com um golo de Lykogiannis.
A chuva começou a cair em Tallinn pouco antes do pontapé de saída e o início de jogo foi morno, com poucas oportunidades de golo para ambas as equipas. A Inglaterra teve mais posse de bola, mas o guarda-redes com mais trabalho foi Sam Johnstone, que teve de mergulhar para desviar um cabeceamento de Lykogiannis e negou o golo com as pernas a Giorgos Katidis, depois de a bola ter sobrado para o capitão Grécia junto ao poste mais distante.
O guarda-redes inglês teve de se voltar a aplicar à passagem da meia-hora, quando desviou um remate de Giannis Gianniotas, mas foi desse que canto que resultou o primeiro golo da Grécia. Bougaidis subiu mais alto que os defesas britânicos e desviou o cruzamento de Kostas Stafylidis para a baliza. A Inglaterra esteve perto de responder imediatamente, mas Kapino defendeu o remate de Saido Berahino e, por instinto, a recarga de Thomas Thorpe.
Os ingleses tiveram uma oportunidade ainda mais flagrante ao cair do pano do primeiro tempo, quando Hall fez um passe que desmarcou Afobe e Kapino cometeu falta sobre o atacante. O guarda-redes viu o cartão vermelho e Dioudis entrou para a baliza. Na primeira vez que tocou na bola, mergulhou para a esquerda e defendeu o castigo máximo de Hall.
A Grécia foi obrigada a recuar desde o início do segundo tempo, mas esteve perto de aumentar a vantagem quando Stafylidis marcou um livre em arco e Johnstone defendeu com um pé. Foi um momento importante pois, no minuto seguinte, Hall fugiu pela esquerda e cruzou para Afobe bater Dioudis.
A Inglaterra continuou a pressionar em busca da vitória, com o guarda-redes suplente grego a fazer uma defesa espectacular para impedir Berahino de consumar a reviravolta. Dioudis também defendeu as tentativas de longa distância de Ross Barkley e do suplente Nathan Redmond para levar o jogo para prolongamento.
Os gregos já tinham mostrado ser perigosos no contra-ataque e foi numa jogada rápida que, aos 108 minutos, ganharam vantagem decisiva. Lykogiannis chegou mais rápido do que Thorpe à bola cabeceada por Nathaniel Chalobah e mostrou enorme tranquilidade para fazer um chapéu a Johnstone, que estava a sair da baliza, e dar início à festa da Grécia.