Espanha arrecada quinto título
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
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República Checa 2-3 Espanha (após prolongamento)
A Espanha sagrou-se pela quinta vez vencedora do Europeu de Sub-19, após prolongamento de uma final emotiva e muito bem disputada.
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A Espanha esteve a perder em duas ocasiões, mas sagrou-se pela quinta vez vencedora do Campeonato da Europa de Sub-19, ao bater a República Checa na final, após prolongamento de um jogo emotivo e de desfecho imprevisível.
Após uma primeira parte sem grandes ocasiões de golo, a formação checa entrou melhor após o descanso e chegou à vantagem aos 52 minutos, por Ladislav Krejčí. A Espanha parecia estar perto da derrota, mas um desvio oportuno de Jon Aurtenetxe, perto do fim, levou o jogo a prolongamento. Patrik Lácha recolocou os checos na frente, mas Paco Alcácer voltou a empatar pouco depois e bisou a cinco minutos do final, fazendo o 3-2.
Os jovens checos foram os primeiros a pressionar consistentemente no ataque. Ladislav Krejčí acorreu a um passe rasgado de Jiří Skalák, aos 11 minutos, mas rematou torto, e logo a seguir Martin Hála viu um defesa espanhol desviar um remate seu que se dirigia para a baliza contrária com muito perigo. Aos poucos a formação ibérica começou a sacudir a pressão e, aos 26 minutos, Pablo Sarabia efectuou uma magnífica jogada na direita, junto à linha final, e rematou de ângulo apertado para defesa de Tomáš Koubek.
Os espanhóis começaram a mostrar maior fluidez nas transições ofensivas, através de belas combinações colectivas, mas a defesa da República Checa mostrou-se sempre muito atenta. Gerard Deulofeu foi um quebra-cabeças nas alas do ataque espanhol, mas faltou decisão do tempo certo para fazer o passe. Do lado contrário, registo para algumas combinações pelas faixas laterais, sem, contudo, criar muito perigo para Edgar Badia.
O intervalo chegou com um nulo no marcador e as duas equipas a conseguirem um dos seus objectivos, ou seja, anular a capacidade ofensiva adversária.
Os checos quase inauguraram o marcador através de um pontapé de canto da direita, aos 51 minutos, com Jakub Brabec a desviar na zona de penalty e Martin Sladký a falhar a emenda ao segundo poste. Um prenúncio do que viria a acontecer no minuto seguinte. Krejčí recebeu a bola na zona intermediária, progrediu perante uma defesa espanhola expectante, flectiu para a esquerda e rematou cruzado, de pé esquerdo, muito colocado, para o 1-0. A Espanha teria de correr atrás do prejuízo.
E foi isso que fez, tendo aos 55 minutos obrigado Koubek a defesa apertada, após remate de Paco Alcácer. Solto na grande área, o espanhol cabeceou ao lado aos 58 minutos, apenas com o guardião checo pela frente. A verdade é que a partir daqui a República Checa começou a jogar com o resultado e com o tempo, sempre com uma defesa muito certa, em especial no eixo. As oportunidades de golo tardavam em aparecer, até aos 85 minutos, altura em que surgiu o empate. Após um canto, Rubén Pardo rematou de fora da área, em zona frontal, e Jon Aurtenetxe desviou na zona de penalty, enganando Koubek.
Parecia que a Espanha poderia chegar ao segundo golo, mas os checos aguentaram bem e conseguiram segurar o empate, levando a decisão para prolongamento. E aqui, aos 97 minutos, um pouco contra a corrente de jogo, Patrik Lácha fez o segundo para os checos, a concluir magnífica jogada individual de Krejčí na esquerda. Mas este era um jogo emotivo e a Espanha voltou a empatar, 2-2, por Paco Alcácer, aos 108, com um remate forte na área contrária.
O golpe final de Espanha surgiu aos 115 minutos. Um momento de grande classe de Pablo Sarabia, a efectuar um passe por alto para as costas da defesa, onde surgiu Paco Alcácer a dominar com o peito e a bisar.