Entrevista: Vinícius Júnior sobre a Supertaça Europeia, os seus objectivos, a paixão pelo Flamengo e a moda
sábado, 6 de agosto de 2022
Sumário do artigo
"Vamos fazer tudo para ganharmos o primeiro troféu em disputa na época", garante o autor do golo da vitória do Real Madrid na última Champions League, determinado a erguer a Supertaça Europeia.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
Jogador do Real Madrid desde que deixou o clube que foi o seu primeiro amor, o Flamengo, Vinícius Júnior afirmou-se em definitivo na temporada passada na equipa principal do conjunto madrileno sob as ordens de Carlo Ancelotti, tendo terminado a campanha apontando o golo da vitória na final da UEFA Champions League frente ao Liverpool.
O jovem atacante brasileiro de 22 anos está pronto para uma nova decisão europeia frente ao Eintracht Frankfurt, na Supertaça Europeia, agendada para Helsínquia e fala ao UEFA.com sobre isso e muito mais.
Como vai ser a abordagem à Supertaça Europeia?
É muito importante tentar ganhar o maior número possível de jogos, especialmente quando está em disputa um troféu como este. Faremos tudo o que pudermos para ganhar o primeiro troféu em jogo esta época.
O Real Madrid mostrou uma mentalidade incrível na temporada passada...
Faz parte do ADN do clube. Quem veste esta camisola acredita sempre até ao fim que pode dar a volta aos jogos importantes e vencê-los. Penso que isso foi evidente. Alguns jogos foram autênticas montanhas-russas de emoções e tudo acabou por correr bem para o nosso lado.
O meu momento preferido? O jogo contra o [Manchester] City no Bernabéu. Em dois minutos, o Rodrygo entrou e marcou dois golos que nos colocaram na final.
E depois como viveu a final da Champions League?
Foi também um momento muito importante para nós, claro: para mim e para toda a equipa. Depois de uma época como a que tínhamos feito até ali, tínhamos de terminar como uma vitória na final. Digo sempre que tenho para aí mais 15 anos de carreira pela frente, mas que não sei quando voltarei a ter oportunidade de jogar outra final, por isso tentei desfrutar daquela ao máximo.
Marcar o golo da vitória foi uma sensação única. Indiscritível. Não conseguimos dizer muito, não é preciso escrever muito, nem falar muito. Só as pessoas que viveram o que vivemos naquela época, sabem o quanto é importante e o quanto nos deixa felizes.
Qual o papel de Carlo Ancelotti nessa vitória?
Acredito que ele conseguiu tirar o máximo de nós, não apenas de mim, mas de toda a equipa. Ele é muito simpático e trata todos como se fossem seus filhos. Claro que ele tem um trabalho a fazer em termos de preparação fora de campo, mas quando chegou aqui transmitiu-nos a calma e a confiança que precisávamos.
Já conquistou tanto e ainda é tão jovem... O que se segue?
Eu admiro os jogadores que conquistaram muitos troféus neste clube, que ajudaram a fazer do Real o maior clube do mundo. Claro que quero continuar a ganhar troféus aqui e jogar muito tempo no Real. Ganhar cinco ou seis Champions [League] e tentar ser tão influente como o foram alguns dos maiores jogadores que vestiram a camisola do Real.
Ainda é um ídolo para os adeptos do Flamengo. Continua a sentir esse amor vindo do Brasil?
É claro que sim. Sou adepto do Flamengo desde pequeno. Fui recentemente ao Maracanã e quando os adeptos viram que eu estava lá começaram a cantar o meu nome. Isso foi muito importante para mim, porque o meu coração continua com o clube bem no fundo. E foi o próprio Flamengo que me encorajou a vir para aqui, para o Real Madrid.
E como surgiu esse seu interesse pela moda?
Eu gosto muito da NBA e vejo sempre como os jogadores vão vestidos para os jogos dos "play-offs". Além disso, sou fã do Lewis Hamilton. E o David [Alaba] e o [Eduardo] Camavinga partilham esta minha paixão. O Camavinga chegou a ir à "passerele" durante o último desfile da Balenciaga.