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Didier Deschamps sobre as possibilidades da França na UEFA Nations League e o seu reinado de 13 anos

"O topo é intransigente e chegar lá é muito difícil," diz o seleccionador da França à UEFA. "Apenas há um vencedor e só os vencedores é que são recordados."

Didier Deschamps vai abandonar o cargo de seleccionador da França após a fase final do Mundial de 2026
Didier Deschamps vai abandonar o cargo de seleccionador da França após a fase final do Mundial de 2026 NurPhoto via Getty Images

Um médio defensivo que ajudou a França a vencer o Campeonato do Mundo de 1998 e o UEFA EURO 2000, Didier Deschamps é o seleccionador dos Bleus desde 2012 e continua a mostrar-se ambicioso à medida que prepara a sua equipa para a fase final da UEFA Nations League.

O técnico de 56 anos anunciou que vai deixar o cargo de seleccionador da França após o Mundial de 2026, mas continua empenhado em apostar numa nova geração de jogadores.

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Sobre a Espanha, adversária nas meias-finais

Actualmente, a Espanha é certamente a melhor selecção europeia e mundial, e não é só porque venceu o último Euro. Eles têm um novo treinador e novos jogadores com características diferentes. Sempre tiveram um bom controlo de bola, mas agora também têm novas habilidades, especialmente no ataque, onde são muito rápidos, especialmente o Lamine Yamal e o Nico Williams.

Todos os golos de França na Nations League

Sobre tornar-se treinador

Se pensava em ser treinador enquanto jogava? Não, não pensei mesmo. Eu jogava pelo Valência em Espanha e ainda tinha um ano de contrato, mas sofri muitas lesões; senti que o meu corpo estava a dar-me um recado e eu tinha tomado a decisão de me retirar.

No entanto, naquela última temporada, talvez seis meses ou menos decorridos em 2001, o presidente [Jean-Louis] Campora convidou-me para treinar o AS Monaco e eu tive que pensar sobre isso. No fundo, eu sabia que queria ser técnico em algum momento, mas muito mais tarde. No entanto, como aquele comboio estava a passar, decidi embarcar. Isso significou que passou apenas uma semana entre o meu último jogo pelo Valência e o meu primeiro treino com o AS Monaco.

Didier Deschamps representou o Valência na sua última época enquanto jogador
Didier Deschamps representou o Valência na sua última época enquanto jogadorPA Images via Getty Images

Sobre os seus objectivos quando assumiu o comando da França em 2012

A selecção francesa estava a sair de uma situação complicada. Laurent Blanc, que chegou logo antes de mim, tinha começado a reciuperação desse difícil período. No entanto, em 2010 [sob o comando de Raymond Domenech], tivemos o "Knysna" [a eliminação da França no Mundial de 2010 na África do Sul], que foi um desastre para o futebol francês, pelo que era a hora de restaurar o orgulho pela camisola azul, branca e vermelha.

Eu levei a França a seis meias-finais e quatro finais em grandes torneios. Infelizmente, nem todas foram vitórias. Hoje em dia temos mais jogos como técnicos do que tínhamos na década de 1990. Não sei qual é a longevidade média [de um seleccionador]. Posso estimar com base nos seminários da UEFA e da FIFA após os grandes torneios: a cada dois ou quatro anos, 50% dos técnicos mudavam. Há exigências e expectativas. Logo, se ainda estamos aqui 13 anos depois, é obviamente por causa dos resultados.

Didier Deschamps em 2013, pouco depois de ter assumido o comando da França
Didier Deschamps em 2013, pouco depois de ter assumido o comando da FrançaAFP via Getty Images

Sobre vencer a Nations League em 2021

Foi outro período difícil, pois aconteceu logo após o EURO 2020, durante a pandemia. Foi bastante complicado, com uma eliminação precoce contra a Suíça, no Verão de 2021. Conseguir jogar aquelas meias-finais e depois a final da Nations League em Outubro colocou a selecção francesa de volta ao nível a que estava antes do EURO. O nível mais alto é intransigente e chegar lá é muito difícil. Só há um vencedor e só os vencedores são recordados.

Recorde a fase final da Nations League de 2021