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Luis Enrique sobre o duelo com a Itália na Nations League e a sua filosofia como treinador

"Esta é uma competição que adoraríamos ganhar", diz o seleccionador da Espanha ao UEFA.com antes do reencontro com o campeão europeu.

Luis Enrique após a derrota de Espanha frente à Itália nas meias-finais do UEFA EURO 2020
Luis Enrique após a derrota de Espanha frente à Itália nas meias-finais do UEFA EURO 2020 POOL/AFP via Getty Images

A Espanha inicia a sua participação na UEFA Nations League frente à anfitriã e campeã europeia Itália. Uma tarefa difícil para qualquer equipa, com a agravante de "la roja" ainda ter bem presente na memória a derrota frente aos "azzurri" nas meias-finais do UEFA EURO 2020.

O duelo em Milão tem tudo para ser tenso, mas o seleccionador Luis Enrique exibiu a sua habitual postura tranquilo na antevisão a este torneio, encorajando a sua equipa a mostrar o que vale no jogo de quarta-feira. O técnico de 51 anos falou com o UEFA.com sobre a sua filosofia de treinador e como incentiva os jogadores a correrem riscos.

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Resumo do EURO 2020: Itália 1-1 Espanha (4-2 pens)

Sobre o reencontro com a Itália numa meia-final

Já era um desafio aliciante antes do EURO se realizar. Depois do que se passou nessa prova, agora é ainda mais. Esta é uma competição que adoraríamos ganhar, com a curiosidade de irmos ter pela frente o actual campeão europeu, ainda por cima a jogar em casa.

Por tudo isso, a motivação estará em alta e será um jogo muito interessante. Neste momento a Itália é uma das selecções mais atractivas a jogar e estou curioso para ver como cada equipa será capaz de anular os pontos-fortes da outra ao mesmo tempo que tenta impor a sua forma de jogar.

Sobre a sua filosofia como treinador

Defino-a recorrendo a três palavras, por ordem de importância: "ataque", "pressão" e "ambição". Todos os jogadores têm de defender, mas quando escolho o "onze" vejo o que cada um, da defesa ao ataque, pode dar em termos ofensivos. Todos têm de ter pensamento ofensivo e boa técnica pois o estilo de jogo desta equipa é assim, construindo desde trás, para a bola chegar nas melhores condições possíveis ao ataque.

"Pressão" porque, devido à nossa forma de jogar particular, somos capazes de ocupar determinados espaços que, quando perdermos a bola, ficamos em boa posição para pressionar o adversário e recuperar a posse. Por fim, "ambição". Dir-me-ão que todas as selecções a têm, ainda que em graus diferentes. Mas no nosso caso significa jogar sempre da mesma maneira seja qual for o adversário.

Sobre correr riscos em campo

Itália - Espanha ao longo dos anos

Dizemos sempre aos jogadores, especialmente aos avançados, para encararem isso como tentativas, e não como decisões certas ou erradas. Claro que o futebol é um jogo de erros e para se ganhar tem de se cometer poucos, mas a mensagem que queremos passar aos jogadores é a de que, se correr mal, tentem de novo, tentem melhor, e não desanimarem quando falham.

Sobre manter-se fiel aos seus princípios

Não tenho muitas dúvidas sobre como quero que a minha equipa jogue, pois acredito que é a melhor forma de chegar à vitória. Tendo mais posse de bola atacamos mais, criamos mais oportunidades, marcamos mais golos e, com tudo isso, ficamos mais perto de ganhar.

Nem sempre as coisas são assim e por vezes é necessário jogar de outra forma. Este é o estilo que conheço e gosto, e por isso aquele que uso e ao qual estou disposto a fazer melhorias, mas a ideia base não vai mudar.