Itália 1-2 Espanha: Ferran Torres encerra série vitoriosa dos "azzurri"
quarta-feira, 6 de outubro de 2021
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Dois golos de Ferran Torres na primeira parte apuraram a Espanha para a final e acabaram com a notável série invicta da Itália.
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Ferran Torres finalizou dois cruzamentos precisos de Mikel Oyarzabal e colocou a Espanha na sua primeira final da UEFA Nations League, após vencer a Itália, por 2-1, em Milão.
O jogo em poucas palavras
A campeã europeia Itália começou de forma brilhante, mas a partir do momento em que Ferran Torres cabeceou o excelente cruzamento de Oyarzabal, aos 17 minutos, a sua série invicta de 37 partidas (recorde mundial), estava destinado a chegar ao fim.
Os dez minutos que precederam o intervalo selaram o seu destino. Primeiro, Lorenzo Insigne atirou ao lado só com o guarda-redes pela frente, e depois Leonardo Bonucci foi expulso. A situação piorou nos descontos da primeira parte, quando Oyarzabal voltou a encontrar Ferran Torres sozinho ao segundo poste e o atacante do Manchester City bateu Gianluigi Donnarumma de cabeça.
Roberto Mancini fez várias mudanças, mas a sua equipa raramente ameaçou dar a volta aos acontecimentos, até que aos 83 minutos, na sequência de um canto para a Espanha, a Itália recuperou a bola e saiu no contra-ataque, com Federico Chiesa a assistir Lorenzo Pellegrini para um golo fácil. Os adeptos da casa ganharam ânimo, mas a "la roja" manteve-se firme e não permitiu a recuperação.
Melhor em Campo: Ferran Torres (Espanha)
"Um grande desempenho e os seus dois golos decidiram a partida. Ele desempenhou com mestria o papel de avançado-centro quando muitas pessoas diziam que a Espanha não tinha um avançado desse género. As suas finalizações foram de grande classe e só foi uma pena ter de sair por lesão".
Giovanni van Bronckhorst, Observador Técnico da UEFA
Reacções
Luis Enrique, seleccionador da Espanha: "O jogo foi fantástico para nós, mas foi um jogo entre dois rivais a lutar com todas as suas armas e a exibir as suas melhores qualidades. A minha equipa foi perigosa durante todo o jogo, pressionámos bem e estou muito feliz. Defendemos a pressionar alto, sendo corajosos e mostrámos uma atitude fantástica".
Koke, médio da Espanha: "Esta foi uma noite histórica. Vencer a Itália em San Siro, tendo em conta a invencibilidade recorde que atravessavam, torna esta vitória inesquecível. Tudo o que planeámos deu certo, mas trabalhámos muito para garantir que isso acontecia. Foi uma exibição impressionante, especialmente na primeira parte".
Roberto Mancini, seleccionador da Itália: "A primeira parte podia facilmente ter terminado com 1-1. A Espanha joga muito bem tecnicamente e devíamos ter sido mais cuidadosos em não sofrer o segundo golo antes do final da primeira parte. É muito difícil contrariar a posse de bola da Espanha com 11 jogadores, mas com dez é ainda mais complicado. Precisávamos de mais frescura e fiz várias substituições que nos ajudaram na segunda parte".
Federico Chiesa, avançado da Itália: "Perdemos após tantos jogos, depois de batermos o recorde mundial com 37 jogos sem derrotas. Mais cedo ou mais tarde tinha de acontecer, e infelizmente foi hoje. Muito mérito para a Espanha. Mesmo quando estava onze contra onze, eles colocaram-nos dificuldades. Ficar com menos um foi um rude golpe e devíamos ter evitado o segundo golo no final da primeira parte".
Estatísticas-chave
- Desde 1 de Setembro de 2020, Ferran Torres marcou 11 golos em 20 jogos - mais do dobro que qualquer outro jogador pela selecção naquele período (Álvaro Morata tem cinco).
- Gavi (17 anos e 62 dias) tornou-se no mais jovem jogador a representar a principal selecção espanhola, batendo o recorde de Zubieta (17 anos e 284 dias) que vigorava desde 1936.
- O recorde mundial da Itália, com 37 partidas sem perder (V28 E9), chegou ao fim.
- Antes deste duelo, a Itália não tinha sofrido mais do que um golo por jogo nos 40 jogos anteriores.
- Esta foi a primeira derrota caseira da Itália em jogos oficiais desde o desaire por 3-2 frente à Dinamarca, em Setembro de 1999.
"Onzes"
Itália: Donnarumma; Di Lorenzo, Bouncci, Bastoni, Emerson; Barella (Calabria 72), Jorginho (Pellegrini 64), Verratti (Locatelli 58); Chiesa, Bernardeschi (Chiellini 46), Insigne (Kean 58)
Espanha: Unai Simón; Azpilicueta, Laporte, Pau Torres, Alonso; Koke (Merino 75), Busquets, Gavi (Sergi Roberto 84); Sarabia (Bryan Gil 75), Ferran Torres (Pino 49), Oyarzabal