Suecos festejam vitória
sexta-feira, 30 de setembro de 2005
Sumário do artigo
Quando a Suécia já encarava o afastamento de todas as suas equipas da Taça UEFA, o Halmstads "recuperou o orgulho" ao eliminar o Sporting.
Corpo do artigo
Depois da sensacional vitória do Malmö FF por 1-0 fora de casa sobre o Besiktas JK, as atenções dos suecos estavam viradas para o clube do sul ontem à noite, na recepção ao gigante turco para a segunda-mão da primeira eliminatória.
Surpresa
A expectativa cedo resultou em desilusão, já que Souleymane Youla marcou um “hat-trick” na vitória do Besiktas por 4-1, o que deixou os suecos a ponderar o fim do envolvimento de clubes do Allsvenskan nas competições europeias, mais uma vez. Duas horas e meia mais tarde chegou a salvação inesperada. Soava o apito final do 40º e último jogo da ronda, e o Estádio José Alvalade estava silenciado pela derrota surpreendente frente ao Halmstads BK.
Emocionante
Parecia que o argumento estava escrito: o Sporting, finalista vencido da época passada e actual segundo classificado do campeonato, tinha vencido por 2-1 na Suécia deixando o adversário com poucas aspirações à qualificação. No entanto, acabou por ser uma partida emocionante: Gunnar Heidar Thorvaldsson deu vantagem ao Halmstad, Wender empatou; Tomas Zvirgzdauskas fez o 2-1 já em tempo de descontos, obrigando a prolongamento, e depois marcou na própria baliza devolvendo a vantagem ao Sporting.
“Orgulho”
Os visitantes, no entanto, não baixaram os braços, e comemoraram uma das maiores vitórias da história do clube com um golo decisivo de Patrik Ingelsten já perto do apito final do árbitro. Stefan Alfelt escreveu no “Aftonbladet”: "A noite afigurava-se como um fiasco para a Suécia, quando de repente tudo se alterou. Patrik Ingelsten recuperou algum do orgulho do futebol sueco a apenas cinco minutos da despedida completa. Inigualável. Inesperado. Inacreditável".
“Sentimento fantástico”
O Halmstad não alimentava grandes expectativas antes da partida para Lisboa - "Venceríamos o Sporting uma vez em cada dez jogos", afirmou o treinador Jan Andersson – mas tomou depois um autêntico banho de glória. "É um sentimento fantástico", disse Zwirzdauskas. "Toda a gente pensava que o jogo tinha acabado", acrescentou Ingelsten: "Este é o melhor momento da minha carreira de futebolista – é fantástico".
Sombrio
O ambiente em Portugal esta manhã era mais sombrio. "Sem perdão", é o que se pode ler na capa do jornal “A Bola”. Duas palavras que dizem tudo.
