Benítez feliz
quinta-feira, 6 de maio de 2004
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Os adeptos do Valência cantaram o nome de Rafael Benítez mas o técnico frisou que os louros da conquista pertencem aos jogadores.
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By Graham Hunter in Valencia
Os adeptos do Valencia CF apressaram-se a cantar o nome de Rafael Benítez mal terminou o jogo da segunda mão das meias-finais da Taça UEFA que a sua equipa venceu, por 1-0, no embate com o Villarreal CF. No entanto, Benítez foi rápido a distribuir os "louros" do sucesso e da presença na final pelos seus jogadores.
"Culpa" dos jogadores
"Gritaram o meu nome? Nem notei", brincou Benítez no final do jogo. "Claro que foi muito bom ter ouvido tal aclamação em nome de todos nós, mas o importante é elevar a atitude e o feito dos jogadores. São eles que decidem os jogos e apesar da minha função como treinador ser importante, não fui eu que estive no relvado. Se os adeptos gritaram o meu nome é apenas o resultado prático dos jogadores terem actuado de forma tão positiva", lembrou.
O herói Mista
Um penalty bem apontado por Mista, o herói valenciano da época, durante a primeira parte, colocou o Valência na final da Taça UEFA e deixou o Mestalla em delírio. Já no exterior do recinto, perto de 10 mil adeptos do Valência, invadiram a Rua Suécia durante mais de uma hora, até que todos os jogadores e técnicos, subissem individualmente à varanda do estádio para celebrar a vitória.
Orgulho de Mista
Mista, autor de 19 golos na Primera División, mostrou-se muito feliz por compartilhar com os adeptos o facto do clube ter atingido uma final europeia depois do idêntico feito alcançado na final da Liga dos Campeões, em 2000 e 2001. "Entrar no relvado antes do jogo começar e ver aquele estádio cheio e ruidoso foi algo que me deixou bastante orgulhoso", referiu. "É altura de celebrarmos, mas a primeira coisa que teremos de fazer na sexta-feira será concentrarmo-nos em vencer o Sevilla FC, se quisermos chegar ao título".
Jogo difícil
Benítez provou que a rotação da equipa pode ser positiva, apostando nos jogadores que apresentavam melhor frescura física, ao contrário de um Villarreal que se mostrou cansado depois de o seu 18º jogo europeu: "Este foi um jogo complicado, como esperávamos que fosse, já que tínhamos pela frente uma equipa sempre difícil", referiu o técnico do Valência. "A verdade é que conseguimos criar várias oportunidades de golo que podíamos e devíamos ter convertido, tal como aconteceu na primeira mão. Se tal tivesse acontecido, os nossos adeptos poderiam ter celebrado mais cedo e nenhum de nós teria de sofrer até ao último minuto", lembrou.
Cañizares imbatível
Benítez referia-se aos últimos 15 minutos, quando David Albelda perdeu uma grande oportunidade rematando para defesa de José Reina após uma excelente jogada. Uma desatenção nos últimos minutos poderia mesmo ter deitado tudo a perder mas valeu, nessa altura, a experiência de Santiago Cañizares.
Tristeza
O treinador derrotado, Francisco García, referiu no final: "É uma pena chegar tão longe e perder". O presidente do Villarreal, Fernando Roig, revelou: "Amanhã iremos felicitar a equipa pelo facto de ter chegado até aqui. Mas neste momento estamos ainda muito tristes".
Sensações
O capitão do Valência, Albelda, não esqueceu o importante papel dos adeptos: "Este foi um bom teste à nossa fome de vitórias, até porque, nesta altura, estamos a um passo de vencer o campeonato. Passámos o teste e a sensação de ouvir os nossos adeptos a festejar foi algo de incrível".