Cabeça de Mangala confere vantagem ao FC Porto

O FC Porto recebeu e bateu o Sevillha FC, por 1-0, na primeira mão dos quartos-de-final da UEFA Europa League.

O vencedor da prova em 2010/11 dominou grande parte do encontro disputado no Estádio do Dragão, mas foi preciso um cabeceamento fulminante de Eliaquim Mangala, aos 31 minutos, para abater uma equipa do Sevilha que terminou a partida com mais um jogador, em função da expulsão de Fernando na recta final.

O FC Porto entrou dominador e o acerto nas movimentações e nas rápidas trocas de bola entre os jogadores dos "dragões" cedo fizeram com que o Sevilha se remetesse ao seu meio-campo, apostando em tímidas tentativas de contra-ataque. Os flancos eram a aposta privilegiada dos anfitriões e em mais um desses ataques, aos 15 minutos, Alberto Moreno viu o amarelo por derrubar Danilo, com o lateral espanhol a ficar suspenso para o jogo da segunda mão.

Steven Defour apareceu à entrada da área e em posição frontal para alvejar a baliza sevilhana à passagem dos 20 minutos, mas o remate do médio belga não levou a direcção certa. O Porto esmagava no que à posse de bola dizia respeito, mas a verdade é que o conjunto visitante ia protegendo bem o seu guarda-redes, com Beto a pouco ter de fazer no seu regresso ao Dragão.

O Sevilha teve uma rara oportunidade para descansar no seu sector mais recuado aos 28 minutos, quando Ivan Rakitić cobrou um livre no lado esquerdo e proporcionou a Fabiano uma defesa de elevado grau de dificuldade. No entanto, o efémero "relaxamento" espanhol ecoou no tempo e três minutos volvidos resultou em castigo.

Fernando cobrou rapidamente um livre já no meio-campo contrário e descobriu Ricardo Quaresma, livre de marcação, no lado esquerdo. O talentoso extremo fez uso do seu letal cruzamento de trivela e proporcionou um portentoso cabeceamento em voo a Mangala. Estava feito o 1-0. E o segundo golo portista só não surgiu mesmo em cima do intervalo porque o disparo de Defour fez estremecer o poste.

O Sevilha regressou dos balneários com uma mentalidade mais ofensiva e a partida deixou de ter um sentido único. Mangala quase passou de herói a vilão aos 54 minutos, quando perdeu a bola para Coke em zona proibida, valendo ao centrar francês o facto de Diego Reyes ter cortado para canto. Luís Castro pressentiu o perigo e não tardou a lançar a irreverência de Juan Quintero em campo.

Unai Emery não estava satisfeito com a ligeira subida de rendimento da sua equipa e juntou Kevin Gameiro ao até então desapoiado Carlos Bacca na frente de ataque. Contudo, foi Jackson Martínez quem ficou perto de fazer esquecer a desilusão sentida ainda na primeira parte, quando viu um cartão amarelo que o afasta do jogo em Sevilha. O ponta-de-lança colombiano foi servido por mais uma trivela de Quaresma, mas o seu remate acrobático errou o alvo por pouco.

O Porto parecia mais perto do 2-0, mas, quando pouco ou nada o fazia querer, o Sevilha dispôs de uma dupla oportunidade para chegar ao empate. Bacca teve, finalmente, tempo e espaço para rematar à baliza, obrigando Fabiano a defender para a frente. Gameiro apareceu completamente solto para a recarga, mas acertou mal na bola e o lance perdeu-se.

Fernando ainda lançou alguma incerteza no desfecho final quando viu dois amarelos seguidos e foi expulso aos 87 minutos, mas o triunfo já não escapou ao campeão português, que ainda viu Quaresma acertar novamente no poste já nos descontos.