Factos: Braga - Wolves
quinta-feira, 14 de novembro de 2019
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Os dois primeiros classificados do Grupo K medem forças em Portugal e sabem que um empate garante a passagem de ambos aos 16 avos-de-final.
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Os dois primeiros classificados do Grupo K medem forças em Portugal e sabem que um empate garante a passagem de ambos aos 16 avos-de-final, com o Braga ciente de que novo triunfo sobre o Wolverhampton Wanderers garante o primeiro lugar do grupo.
• O Braga, que bateu os Wolves por 1-0 no Molineux na primeira jornada, ainda não sofreu qualquer derrota e somou dez pontos nos primeiros quatro jogos, empatando a dois golos na recepção ao Slovan Bratislava antes de somar dois triunfos frente ao Beşiktaş (2-1 f, 3-1 c). Após a derrota na estreia, o clube inglês não perdeu qualquer ponto, conseguindo vitórias tardias na Turquia (1-0) e na recepção ao Slovan, sendo que já tinha batido este adversário duas semanas antes, por 2-1.
• O Slovan tem quatro pontos e o Beşiktaş continua em branco, pelo que Braga e Wolves estão numa posição tão confortável que ambos passam à fase seguinte em caso de empate. O mesmo acontece se o campeão eslovaco não conseguir vencer em Istambul.
Encontros anteriores
• O primeiro encontro europeu entre os dois clubes foi ganho pelos visitantes, com um golo de Ricardo Horta aos 71 minutos a permitir ao Braga conquistar os três pontos em Wolverhampton na primeira jornada.
• O registo do Braga em 19 jogos frente a adversários ingleses é de 7 vitórias, 2 empats e 10 derrotas, com cinco vitórias e quatro derrotas nos nove desafios caseiros. À derrota por 1-3 com o Manchester United na fase de grupos da UEFA Champions League 2012/13, na última vez que recebeu um adversário da Premier League, seguiram-se quatro triunfos seguidos frente a visitantes ingleses, sempre sem sofrer golos.
• A recepção ao Braga foi o sétimo duelo europeu dos Wolves com uma equipa portuguesa. Os ingleses venceram cinco dos seis jogos anteriores, incluindo dois dos três desafios em Portugal, onde não jogam desde Setembro de 1974, quando perderam por 4-1 com o Porto, na primeira ronda da Taça UEFA
Guia de forma
Braga
• A 15ª qualificação europeia do Braga nos últimos 16 anos foi conseguida graças ao quarto lugar no campeonato português de 2018/19, época em que a carreira na UEFA Europa League terminou cedo, depois da eliminação frente ao Zorya Luhansk na terceira pré-eliminatória, devido aos golos fora.
• Brøndby (4-2 f, 3-1 c) e Spartak Moscovo (1-0 c, 2-1 f) foram as vítimas do Braga nas pré-eliminatórias desta época. O clube português está pela quinta vez na fase de grupos da UEFA Europa League e conseguiu seguir em frente em três das quatro participações anteriores, embora a sua melhor campanha na prova - e nas competições europeias - tenha acontecido em 2010/11. Após transitar da UEFA Champions League, eliminou Liverpool e Benfica, entre outros, antes de perder a final de Dublin frente ao Porto, por 1-0.
• O Braga está invicto há 11 jogos europeus (8V 3E) e venceu sete dos oitos encontros esta época. Os minhotos atravessam também uma série de sete jogos caseiros europeus sem perder, desde o desaire por 2-0 frente ao Ludogorets, na terceira jornada da UEFA Europa League 2017/18, o único nos últimos 11 jogos europeus no Estádio Municipal (8V 2E).
Wolves
• Em 2018/19, na primeira época após o regresso à Premier League, o Wolves terminou em sétimo lugar e qualificou-se para as competições europeias pela primeira vez desde que foi eliminado pelo PSV Eindhoven na primeira eliminatória da Taça UEFA de 1980/81.
• O clube das West Midlands realizou claramente a melhor campanha europeia em 1971/72, a época de estreia da Taça UEFA, quando perdeu por 2-3 com o Tottenham Hotspur na final a duas mãos.
• O Wolves venceu os cinco desafios europeus disputados fora esta época, frente a Crusaders (4-1), Pyunik (4-0) e Torino (3-2), nas pré eliminatórias, e Beşiktaş e Slovan, na fase de grupos. Também se manteve invencível fora na Taça UEFA de 1971/72 (3V 3E).
Ligações e curiosidades
• Para além do treinador Nuno Espírito Santo, existem sete jogadores portugueses no Wolves" - Rui Patrício, Rúben Neves, João Moutinho, Diogo Jota, Rúben Vinagre, Pedro Neto e Bruno Jordão, estes dois últimos formados na academia do Braga.
• Willy Boly, defesa francês do Wolves, foi jogador do Braga em 2015-16, enquanto o avançado mexicano Raúl Jiménez marcou três golos ao Braga durante a sua passagem pelo Benfica, entre 2015 e 2018.
• João Moutinho (Sporting CP, 2005/06) e Diogo Jota (Paços de Ferreira, 2015/16) também marcaram em casa do Braga em jogos do campeonato, sendo decisivos em vitórias por 1-0.
• Eduardo, guarda-redes do Braga, esteve ligado ao Chelsea durante três épocas mas não disputou qualquer jogo oficial, terminando o vínculo aos londrinos em Julho deste ano para regressar ao clube onde iniciou a carreira.
• Rui Fonte, atacante do Braga, também passou por Londres, onde representou Arsenal, Crystal Palace e Fulham.
• Esta época o Wolves é um de seis estreantes na fase de grupos da UEFA Europa League, juntamente com Espanyol, Ferencváros, Olexandriya, LASK e Wolfsberg.
• Na quarta jornada, Rui Patrício realizou o 49º jogo na UEFA Europa League, da fase de grupos até à final. O português está prestes a tornar-se no décimo jogador - e o primeiro guarda-redes - a atingir a meia centena de partidas.
Os treinadores
• Avançado talentoso que marcou dez golos em 45 internacionalizações por Portugal, tendo participado no Campeonato da Europa de 1996 e 2000, Ricardo Sá Pinto passou a maior parte da sua carreira no Sporting, em dois períodos, registando ainda uma passagem de três épocas pela Real Sociedad pelo meio. Fez a estreia como treinador no clube de Alvalade, em 2012, mas esteve pouco tempo no cargo. Rumou depois ao estrangeiro, orientando equipas na Sérvia, Grécia, Arábia Saudita, Bélgica e Polónia, antes de assinar um contrato de duas temporadas com o Braga em Julho de 2019.
• Antigo guarda-redes, convocado por Portugal para o UEFA EURO 2008, mas sem qualquer internacionalização sénior, Nuno Espírito Santo foi quase sempre suplente durante a carreira de jogador. No entanto, como treinador, desde cedo se destacou, emergindo como um técnico estudioso e progressivo nas passagens por Valência, Porto e Wolves, onde está desde Maio de 2017. Destacou-se em Portugal ao levar o Rio Ave a duas finais de taças nacionais e à qualificação europeia, antes de brilhar em Espanha ao serviço do Valência, onde esteve 18 meses. Conduziu o Wolves de regresso à Premier League na sua época de estreia e conseguiu a qualificação para a UEFA Europa League na temporada seguinte.