Petr Čech fala do Chelsea e de terminar em grande no Arsenal
quarta-feira, 29 de maio de 2019
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O guarda-redes Petr Čech sonha com "o final perfeito" na quarta-feira na despedida de uma carreira brilhante.
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Sobre ser guarda-redes...
Ser guarda-redes é como praticar um desporto individual dentro de um desporto colectivo. Podemos ter um grande impacto nos jogos. Gosto de fazer grandes defesas. Há pessoas gostam de marcar golos, eu tenho a mesma satisfação quando faço uma grande defesa.
Também temos a vantagem de ver tudo que se passa à nossa frente, quase que nos permite ter uma batuta de maestro. Podemos orientar os colegas e ver as coisas a acontecer, no final somos o último jogador da equipa.
Sobre a chegada ao Chelsea ...
Assinei contrato em Janeiro de 2004, mas fiquei em França até ao fim da época. Isso foi muito importante, pois permitiu-se ter seis meses para me preparar. Não queria mudar logo, sem tempo para me adaptar a um novo estilo de futebol, a uma nova equipa, a um novo campeonato. Tive seis meses para ver todos os jogos do Chelsea.
Estava perante um grande desafio. O Carlo Cudicini foi eleito o melhor jogador da época e pensei: “Uau, a concorrência vai ser dura'. Mas com a chegada de José Mourinho, todos começaram do zero. Fiz tudo o que estava ao meu alcance para que ele me escolhesse para titular no primeiro jogo e foi isso que aconteceu.
Sobre a conquista de 13 troféus importantes no Chelsea…
Foi a concretização de um sonho. Pensei: “Certo, era isto que queria fazer e agora tenho a oportunidade de jogar numa grande equipa, na melhor Liga do mundo”. Estava a lutar por títulos, algo que tinha visto na televisão quando era criança. Sonhamos um dia fazer parte de uma equipa assim e, de repente, isso está a acontecer.
Gostei do ambiente, quando somos levados ao limite, o sucesso depende apenas de nós. Depois há a satisfação de ter ganho o primeiro título, o segundo título, e como dizemos em checo: “Quem come muito quer mais”.
Sobre a mudança para o Arsenal em 2015…
Queria ficar na Premier League, queria continuar a jogar e senti que ainda estava ao meu melhor nível. Cheguei a um clube que nunca tinha ganho a Champions League, que nunca tinha ganho a Europa League e pensei: “Foi por isso que me contrataram e é isso que vou tentar fazer”.
Um dos motivos que me levaram a vir para o Arsenal foi tentar conquistar um troféu europeu pelo clube. O meu sonho era vir para aqui e despedir-me da mesma forma que aconteceu no Chelsea.
Sobre o duelo com o Chelsea em Baku …
Logo que foi realizado o sorteio dos quartos-de-final e das meias-finais, percebi que estávamos em lados opostos da chaveta. Pensei: “Vai acontecer, vai acontecer!” É o destino e espero que o sonho se torne realidade no final com a conquista do troféu. Seria um final perfeito.
Estou orgulhoso com o nível do meu rendimento ao longo de 15 anos na Premier League e 20 anos como profissional. Coloquei a fasquia muito alta em tudo o que fiz e vou mante-la assim até ao último dia.