Eder fala sobre futebol na infância e aventura na Rússia
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
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Em entrevista ao UEFA.com, o avançado Eder, agora no Lokomotiv Moscovo, recorda alguns momentos de infância ligados ao futebol e fala sobre a nova aventura no estrangeiro.
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Em entrevista ao UEFA.com, o avançado português Eder, agora no Lokomotiv Moscovo – nesta altura líder do Grupo F da UEFA Europa League –, recorda alguns momentos de infância ligados ao futebol e fala sobre a nova aventura no estrangeiro.
Apesar de ter chegado já com a época a decorrer, o autor do golo da vitória de Portugal sobre a França. por 1-0, na final do UEFA EURO 2016, tem sido opção regular e soma 517 minutos pela formação moscovita, tendo falhado apenas dois dos 11 jogos realizados e apontado dois golos pelo meio, um dos quais decisivo.
Crescer num orfanato e lembranças de infância
Para mim foi muito importante crescer num orfanato, pois ajudou-me a aprender muitas coisas sobre a vida e a crescer como pessoa. Atribuo tanta importância à instituição onde estive que lhe entreguei parte do meu primeiro salário, quando representava o Tourizense. Consegui viver muitas experiências e retirar o melhor delas para ser hoje o que sou. Tive grandes desafios e a vida fica mais interessante com desafios e quando eles são ultrapassados, e penso que o consegui da melhor forma. O futebol surgiu naturalmente para mim. Eu e os meus amigos estávamos sempre a jogar, e isso reflectia-se no calçado: só tínhamos um par e gastava-se rapidamente. Uma das boas recordações de infância que tenho é de quando saíamos do orfanato, às escondidas, para ir assistir a jogos num café que existia lá perto. Gostava muito de ver o campeonato inglês e principalmente o Manchester United. Já em adulto, quando me transferi para o Swansea, o sonho tornou-se realidade e disputei a Premier League.
Nova aventura no estrangeiro e uma ajuda especial
Tinha algumas equipas interessadas, mas foi o Marko Baša, antigo colega no Lille e que já tinha passado pelo Lokomotiv Moscovo, que me falou bem do clube. Achei que seria um bom desafio e até agora estou satisfeito. A equipa tem feito bons resultados e gosto da cidade. É um emblema histórico na Rússia e com a particularidade de ter um treinador (Yuri Semin) que, para além deste cargo, já foi jogador e presidente do clube. Quando cheguei, expressou a sua satisfação pela minha contratação. Também não posso esquecer a excelente ajuda que o Manuel Fernandes me tem dado. Antes de decidir vir para Moscovo também falei com ele e deu-me uma opinião muito favorável. Aqui chegado, tem feito tudo para que eu me sinta em casa.
Adaptação rápida e campanha na Europa League
Não fiz pré-epoca e por isso tive de me adaptar rápido, pois o clube disputa campeonato e competições europeias. Mas tenho melhorado a todos os níveis e é um orgulho jogar na liga russa, que é desafiante, e estou entusiasmado com a participação na Europa League, uma prova com muita visibilidade. A campanha até agora tem sido boa. Começou com um teste dificil, a visita ao Copenhaga, mas empatámos e isso deu o mote para fazermos melhor num grupo sem nomes sonantes mas equilibrado. De seguida vencemos de forma convincente e na terceira jornada conseguimos mais um importante empate fora. Vamos voltar a defrontar o Sheriff, uma equipa complicada, mas temos todas as condições para ganhar e acredito que vamos seguir em frente. O Lokomotiv já participou várias vezes no torneio e é um clube que quer estar entre os melhores. A nível pessoal, espero jogar o máximo possível, marcar o mais que puder e para ajudar o Lokomotiv a ser bem sucedido.