Shakhtar sai de cabeça erguida

Poderia ter sido tão diferente para o Shakhtar! Fez o empate 1-1 pouco antes do intervalo, numa finalização de Eduardo, aos 44 minutos, que anulou a desvantagem nascida no golo madrugador de Kevin Gameiro e logo depois os ucranianos ficaram perto da reviravolta, mas ninguém conseguiu chegar a tempo a um cruzamento de Marlos.

Desperdiçada a oportunidade, o Sevilha cresceu na segunda parte e voltou a marcar através do irrepreensível Gameiro no segundo minuto, fazendo o 2-1 da noite e o 4-3 na eliminatória, após o que os homens de Unai Emery jamais perderam o controlo do jogo. “Eles fizeram uma grande primeira parte, mas nós recuperámos pouco antes do intervalo e acreditámos que poderíamos dar a volta mas ao sofrer um segundo golo tão cedo após o recomeço foi um grande revés para nós”, disse o antigo jogador do Arsenal, Eduardo. "Depois veio o terceiro golo [de Mariano Ferreira] e isso praticamente acabou connosco."

“Sabíamos quão difícil o jogo iria ser e quão forte é o Sevilha pelo que queríamos manter as coisas renhidas e tentar fazer a diferença através da nossa qualidade individual mas, infelizmente, esta noite não foi assim”, disse o médio brasileiro Bernard, do Shakhtar. Cometemos uma série de erros que mudaram o sentido do jogo. Conceder o primeiro golo tão cedo foi uma contrariedade, depois sofrer o segundo tão depressa após o intervalo foi também muito penalizador.”

“Ainda assim, penso que a nossa campanha foi boa para o clube e para os jogadores”, acrescentou Bernard, assinalando com uma nota optimista o desempenho da equipa actual segunda classificada na liga ucraniana, quatro pontos abaixo do Dínamo Kiev. “Penso que não haveria muita gente que acreditasse que o Shakhtar chegaria às meias-finais na Europa League. Tivemos de deixar o nosso estádio em Donetsk e perdemos jogadores importantes, pelo que todos merecemos crédito por ter chegado tão longe.”