Como o Dortmund de Tuchel bateu os "spurs" de Pochettino
sexta-feira, 11 de março de 2016
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O Dortmund de Thomas Tuchel venceu o Tottenham de Mauricio Pochettino po 3-0 e o repórter Daniel Thacker identifica quatro áreas tácticas onde prevaleceram os alemães.
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Houve muita discussão antes da primeira mão dos oitavos-de-final da UEFA Europa League, entre o Dortmund e o Tottenham, em torno do conflito táctico de dois dos mais promissores treinadores europeus, Thomas Tuchel e Mauricio Pochettino.
Como se viu, o vibrante Dortmund de Tuchel venceu os "spurs" de Pochettino por 3-0, com o treinador alemão a levar a melhor na partida sobre o congénere argentino. O UEFA.com destaca alguns aspectos tácticos onde Tuchel e o Dortmund estiveram no seu melhor.
O alinhamento correcto
Tuchel escolheu apresentar de início os seus três melhores avançados com Marco Reus, Pierre-Emerick Aubameyang e Henrikh Mkhitaryan a revelarem-se fundamentais no triunfo do Dortmund. Os dois golos de Reus na segunda parte fizeram pender favoravelmente a eliminatória para o BVB; Aubameyang abrira o marcador numa excelente cabeçada, enquanto Mkhitaryan foi o cérebro por trás da impressionante abordagem e pressão dos locais.
Em contraste, Pochettino deixou no banco tanto Harry Kane como Erik Lamela o que retirou agressividade aos visitantes.
Forte desempenho pelos flancos
Característica impressionante da campanha a nível interno do Tottenham tem sido a disposição dos laterais para pressionar alto e juntar-se ao ataque. Nesta ocasião, no entanto, Kieran Trippier e Ben Davies passaram a maior parte da noite bem dentro de seu meio-campo.
O Dortmund apresentou-se com homens a jogar bem abertos - Erik Durm na direita e Marcel Schmelzer na esquerda, com Tuchel a rasgar elogios a Durm após o triunfo.
Controlo na zona central
Enquanto Aubameyang e Reus estavam no centro das atenções, Julian Weigl e Gonzalo Castro foram fundamentais no centro do meio-campo do BVB. Weigl, de 20 anos, completou uns notáveis 75 dos 78 passes feitos e foi mais uma vez a ligação perfeita entre a defesa e o ataque.
A dupla anulou a zona central do Tottenham onde Ryan Mason e Tom Carroll, juntos, completaram menos passes que Weigl e esteve sempre na luta para influenciar o desenrolar das acções.
Pressão perfeita
Algo frequente esta temporada tem sido os adversários dos “spurs” debaterem-se com um jogo de ataque em pressão alta, num ritmo acelerado. Desta vez, porém, os “lilywhites” foram quem esteve sob pressão pela agressividade do Dortmund.