Painel de Emergência confirma Celtic na Europa League

O Painel de Emergência da UEFA, composto por cinco membros do Comité Executivo da UEFA, incluindo o Presidente Michel Platini, reuniu-se de emergência para discutir a ordem judicial obtida na manhã desta terça-feira FC Sion/Olympique des Alpes SA junto do Tribunal Cantonal de Vaud , que ordenava à UEFA para readmitir o FC Sion na fase de grupos da UEFA Europa League.

O Painel de Emergência da UEFA teve em conta todos os factos e as duas decisões disciplinares que foram tomadas neste caso e decidiu confirmar a participação do Celtic FC, e não do Sion, na UEFA Europa League de 2011/12.

As medidas "super provisórias" foram determinadas pelo Tribunal Cantonal de Vaud, sem qualquer consulta à UEFA e apenas com base nos argumentos apresentados pelo Sion. O tribunal também considerou, de forma incorrecta, que o Comité de Recursos não poderia tomar uma decisão antes do início da fase de grupos da UEFA Europa League, a 15 de Setembro. No entanto, o Comité de Recursos da UEFA reuniu-se e tornou a decisão que foi anunciada esta terça-feira, 13 de Setembro.

A UEFA destaca que os seus dois órgãos disciplinares independentes determinaram que o Sion usou vários jogadores não elegíveis em ambos os encontros do "play-off" com o Celtic. Isto foi explicitamente confirmado pela FIFA e levou a que o clube fosse castigado com duas derrotas.

Como qualquer outro clube na Europa, o Sion teve e continua a ter todas hipóteses de recorrer a todos os mecanismos de arbitragem nas instâncias desportivas para contestar as decisões dos órgãos disciplinares da UEFA. Não há qualquer motivo para que o Sion tenha privilégios especiais em relação a todos os outros clubes da UEFA Europa League, de forma a contornar as regras que foram aceites e respeitadas por todos os outros clubes.

O Presidente da UEFA, Michel Platini, explicou à saída da reunião de terça-feira: "Acredito e confio muito na protecção do futebol e no desportivismo. Estou satisfeito por os órgãos disciplinares do futebol estarem a punir os clubes que tentam usar a sua influência e riqueza para levarem os jogadores a não cumprirem os seus contratos. Isto vai contra todas as regras da justiça desportiva. Esta medida visa proteger os clubes, os jogadores e o futebol."

"Nós temos regras e regulamentos claros, que todos os clubes conhecem antes de participarem nas nossas provas. Não podemos aceitar que quando um qualquer clube não atinge os seus objectivos, tente recorrer a todos os meios para impor a sua vontade aos restantes. Dois órgãos disciplinares independentes pronunciaram-se sobre esta matéria e temos de respeitar as suas decisões."