Murphy eleva a fasquia
terça-feira, 11 de maio de 2010
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O capitão do Fulham, Danny Murphy, venceu uma prova europeia frente a um adversário espanhol na Alemanha e confia que a sua equipa poderá festejar em Hamburgo com ou sem "pozinhos mágicos".
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Danny Murphy já ganhou anteriormente uma prova europeia, mas mantém aquele sentido de expectativa próprio dos grandes jogos, a um dia da final da primeira edição da UEFA Europa League, entre o Fulham FC e o Club Atlético de Madrid.
"Têm sido anos fantásticos, tanto para o clube como para mim próprio, e capitanear esta equipa durante um dos períodos de maior sucesso da sua história marca uma das melhores alturas da minha carreira", disse o médio do Fulham. "Esta noite. Melhor, amanhã à noite, será o ponto mais alto. Peço desculpa por já estar a adiantar-me."
Murphy pode ser perdoado pelo lapso. Nos 131 anos desde a fundação do clube representante de uma igreja, o Fulham nunca venceu qualquer prova a nível interno e o sétimo lugar da época passada constituiu a melhor classificação de sempre na Premier League. No entanto, estar numa final é mesmo território desconhecido, apesar de o capitão ter alertado que "a equipa não veio passear", tendo acrescentado: "É um grande jogo para nós e temos o desejo e a ambição de conquistar o troféu. Tentaremos desfrutar o momento e vivenciá-lo, mas desfrutamo-lo mais quando vencemos."
O jogador de 33 anos sabe bem como é, devido a ter jogado 117 minutos no memorável triunfo do Liverpool FC sobre outra equipa espanhola, o Deportivo Alavés, por 5-4, há nove anos, em Dortmund, na final da Taça UEFA. "Quando se representa um clube como o Liverpool, todos os anos se espera vencer alguma coisa; e tornamo-nos algo complacentes. Esta época, com o Fulham, tem sido notável e conseguir o que já conseguimos já é especial", disse Murphy.
"Mas chegar ainda mais longe é algo que recordaríamos para sempre. Algo que todos os envolvidos com o clube, os adeptos, recordariam durante anos como um enorme feito." Os "inacreditáveis" adeptos foram mencionados inúmeras vezes, mesmo aqueles que só emergiram nas últimas semanas. "Somos o segundo clube preferido de toda a gente devido ao nosso espírito e talvez por termos surpreendido toda a gente e derrotado tantas boas equipas. Também praticamos um bom futebol."
Isso, é claro, deve-se em boa parte a Roy Hodgson, cuja influência positiva foi reconhecida na segunda-feira, quando os seus pares o elegeram como Treinador do Ano em Inglaterra. E qual é o seu segredo? "Todos os jogadores parecem ter melhorado sob as ordens do Roy e da sua equipa técnica, mas não nos aplica nenhuns pozinhos mágicos antes de cada jogo", explicou Murphy. "Ele organiza bem a equipa e trabalha arduamente para se assegurar que sabemos bem o que temos de fazer, e que todos estão afinados. É uma alegria estar actualmente neste clube." E essa alegria poderá tornar-se em êxtase na noite de quarta-feira.