Benfica reina em Marselha
quinta-feira, 18 de março de 2010
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Olympique de Marseille 1-2 Benfica (total: 2-3)
A equipa "encarnada" realizou uma bela exibição em França e apurou-se para os quartos-de-final com um golo tardio de Alan Kardec.
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O Benfica realizou uma exibição de classe e ganhou por 2-1 na visita ao Olympique de Marseille. Com este resultado, a formação portuguesa apurou-se para os quartos-de-final da UEFA Europa League.
Depois do empate (1-1) na primeira mão, as duas equipas entraram na partida em França com algumas cautelas, em especial o Marselha, que começou na expectativa perante uma formação do Benfica que assumiu desde o início o comando das operações. Sem um balanceamento ofensivo demasiado vincado, os homens da Luz conseguiram manietar os gauleses, não dando espaços atrás e não permitindo que lançassem contra-ataques rápidos. Lucho González bem tentou, mas o Benfica conseguiu cortar quase todos estes lances pela raíz.
Os "encarnados" jogaram pela certa, com Cardozo a fazer girar todo o ataque, recolhendo e protegendo a bola para, depois, lançar Ángel Di María e Ramires nos flancos. Foi assim que o Benfica conseguiu criar os melhores lances de ataque, com os dois jogadores a surgirem bastantes vezes em zona de remate ou de cruzamento.
Aos 24 minutos, Cardozo conseguiu finalmente soltar-se da apertada marcação de que estava a ser alvo e, em zona frontal, rematou de forma poderosa, com a bola a embater no poste esquerdo da baliza de Steve Mandanda. Aos 36 foi Di María, lançado por Fábio Coentrão, a surgir solto na esquerda da grande área e a rematar com perigo, valendo a intervenção do guarda-redes do OM.
Os marselheses responderam a espaços, em especial por Brandão, que se conseguiu soltar inúmeras vezes na esquerda para arrancar cruzamentos, sempre resolvidos com tranquilidade pela defesa benfiquista. O lance mais perigoso do Marselha surgiu apenas em período de descontos da primeira parte, por Lucho González, com o ex-portista a rematar em zona frontal e a bola a sair rente ao poste esquerdo de Júlio César.
Mais do mesmo no segundo tempo, com o Benfica a mandar nas operações, embora a ritmo mais lento, e aos 64 minutos, Coentrão arrancou um excelente cruzamento e Saviola, estorvado por um defensor, não conseguiu a emenda, quando Mandanda já se encontrava batido. Os da Luz eram os melhores em campo nesta fase e logo a seguir instalou-se a confusão na área do OM, sem que nenhum jogador do Benfica conseguisse a emenda, com Mandanda pelo chão.
E contra a corrente de jogo, o Marselha chegou ao golo. Decorria o minuto 70 quando Brandão ganhou a Júlio César, passou para trás e surgiu Mamadou Niang, a rematar imparável. Respondeu de pronto o Benfica com o golo do empate, aos 75 minutos. Maxi Pereira aproveitou uma bola em zona frontal para rematar de muito longe, com a bola a entrar rasteiro junto ao poste direito da baliza de Mandanda.
Aos 84 minutos Di María surgiu solto da esquerda e rematou ao lado, quando tinha tudo para marcar. Logo a seguir foi Cardozo a isolar-se, mas um defesa cortou no momento em que o paraguaio ia fazer o golo. Adivinhava-se o tento "encarnado", que acabaria por surgir em tempo de descontos. Após um livre de Pablo Aimar, Alan Kardec aproveitou uma bola solta na direita e rematou para o 2-1 de ângulo apertado. Estava decidida a eliminatória. Até final, destaque apenas para a expulsão de Hatem Ben Arfa, por vermelho directo.