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Stijnen elogiado apesar da derrota

Pablo Hernández apontou os dois golos que deram o apuramento do Valência frente ao Bruges no prolongamento, mas foi o guarda-redes forasteiro Stijn Stijnen a receber os maiores elogios.

Stijn Stijnen nega mais um golo a David Villa
Stijn Stijnen nega mais um golo a David Villa ©Getty Images

É natural que os dois golos de Pablo Hernandéz no prolongamento tenham feito dele o herói do encontro para o Valencia CF (de Miguel e Manuel Fernandes) na emocionante vitória por 3-0 sobre o Club Brugge KV, na segunda mão dos 16 avos-de-final da UEFA Europa League. No entanto, todos os que estiveram presentes no Mestalla partiram conscientes de que tinham visto Stijn Stijnen, guarda-redes dos belgas, produzir uma das exibições da época.

Na outra baliza, César Sánchez ia-se deixando maravilhar pelo esplêndido rol de defesas e intervenções do guardião contrário, mas também teve oportunidade para mostrar o seu valor. A três minutos dos 90, o antigo guarda-redes do Real Madrid CF, vencedor da UEFA Champions League em 2001/02, travou um perigoso remate de Wesley Sonck que teria, contra todas as expectativas, conferido o apuramento ao Bruges.

"Stijnen estava a fazer uma exibição incrível, o que me tornou a vida muito complicada", referiu César ao UEFA.com. "Passa muita coisa pela nossa cabeça quando vemos os nossos colegas a jogarem bem, mas sem conseguirem resolver o jogo. Temos de estar totalmente concentrados e sempre atentos, pois a qualquer momento podemos ser chamados a intervir. E foi o que aconteceu. Stijnen fez-nos sofrer durante todo o encontro com uma exibição excepcional e, se não fosse ele, teríamos resolvido o jogo bem mais cedo".

Os elogios foram retribuídos por Stijnen, que aplaudiu a concentração de César no momento em que este foi chamado a intervir para salvar o Valência e permitir que os pupilos de Unai Emery chegassem à vitória. "Tivemos uma boa oportunidade a três minutos do final e, se essa bola tivesse entrado, penso que não ia conseguir dormir durante uma semana", admitiu o guardião internacional belga. "Há, contudo, que tirar o chapéu a César, pois efectuou uma defesa de enorme classe. Ainda assim, estamos orgulhosos do que fizemos. Nunca esperámos conseguir levar o Valência até ao prolongamento, principalmente depois de termos sofrido o primeiro golo logo nos segundos iniciais da partida. Já disputei 30 e tal jogos pela selecção da Bélgica e levo dez anos a vestir a camisola do Bruges, inclusive na Champions League, e nunca defrontei uma equipa como esta do Valência. Estiveram incríveis".

O facto apenas sublinha a importância de Pablo Hernández ao selar, por fim, o apuramento da formação espanhola para os oitavos-de-final, onde terá agora pela frente o Werder Bremen (de Hugo Almeida), a 11 e 18 de Março. Com dois bons golos no prolongamento, o médio confirmou a passagem do Valência, depois de o tento de Juan Mata no primeiro minuto da partida ter anulado a vantagem de 1-0 que o Bruges tinha do desafio da primeira mão. "Estava escrito que não iríamos conseguir marcar antes do prolongamento e simplesmente calhou-me a mim fazer os golos", afirmou Hernández. "O guarda-redes do Brugge esteve fantástico e fez-nos sofrer para chegarmos à vitória. Quando a bola se recusa a entrar, temos de manter a calma e esperar pelo momento em que o golo acaba por chegar". Algo que o médio de 24 anos aparentemente faz na perfeição.

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