Sentimentos contrastantes

Dois empates a um golo e um triunfo é o saldo da quinta-feira de UEFA Europa League para as equipas portuguesas. Resultados que colocam Sporting e Benfica a um passo dos 16 avos-de-final, mas que complicaram a vida ao Nacional da Madeira. O Sporting empatou (1-1) ante o FK Ventspils em Alvalade, o Benfica arrancou um triunfo por 2-0 no reduto do Everton FC e o Nacional ficou-se por uma igualdade (1-1) em casa ante o Athletic Bilbao.

Paulo Bento, treinador do Sporting
A equipa continua a demonstrar ainda muitas dificuldades para jogar e construir o seu futebol, sendo que a pressão sobre ela aumentou com o golo que sofremos, numa jogada que poderíamos ter evitado. Depois conseguimos a igualdade e na segunda parte fomos mais dominadores. No entanto, nesse segundo período, acumulámos muitos erros. Tomámos decisões precipitadas e mostrámos incapacidade para colocar a bola com qualidade na zona de finalização, bem como ganhá-la ali, devido à estatura elevada dos defesas do Ventspils. Depois demonstrámos muita ansiedade. O golo que sofremos foi de bola parada e deveríamos tê-lo evitado. A nossa situação no grupo poderia ter ficado resolvida, mas não conseguimos o nosso objectivo. Adiámos tudo, mas estamos em boa posição para o alcançar.

Jorge Jesus, treinador do Benfica
Conseguimos as melhores exibições desta época frente ao Everton. A equipa revelou enorme classe e qualidade emocional, e bateu um excelente adversário. Jogámos com muita inteligência, controlámos a partida e marcámos dois golos. Fomos muito fortes. O triunfo ainda não garante o apuramento, mas faltam dois jogos nos quais podemos gerir a vantagem no grupo. Mesmo sem Aimar em campo, tivemos grande qualidade e, depois, com a entrada dele, marcámos um golo. Estamos nos lugares da frente do pelotão. Sabemos o que queremos e os objectivos estão a ser cumpridos. Estamos satisfeitos com o rendimento da equipa.

Manuel Machado, treinador do Nacional
Era fundamental ganharmos hoje para seguirmos em frente. Não vamos conseguir chegar aos 16 avos-de-final. Durante a primeira parte, o Bilbau optou pelo jogo directo e não nos incomodou, mas também não nos deu grandes possibilidades de criar perigo. Na segunda parte estabilizámos o nosso futebol e marcámos um golo. O que falhou? Nada. Perante três adversários que tinham longo passado europeu partíamos em desvantagem. No plano exibicional até passámos o previsível. Hoje não fomos inferiores frente a um clube que já foi oito vezes campeão espanhol.