Pyatov tranquilo antes do teste final

Se cabeça fria é um luxo a que poucos se podem dar em situações de elevada pressão, então o FC Shakhtar Donetsk não podia desejar presença mais calma entre os postes do que a de Andriy Pyatov, quando se prepara para medir forças com o Werder Bremen, na final da Taça UEFA, esta quarta-feira.

"Estou calmo"
O guarda-redes internacional ucraniano pode só ter 24 anos, mas a experiência adquirida na conquista da "dobradinha" na época passada pode revelar-se fundamental quando as duas equipas subirem ao relvado do Estádio Şükrü Saracoğlu. "Estou calmo", disse. "Já participei noutros jogos e já estive noutras finais. Trata-se da final da Taça UEFA e é óbvio que representa bastante para muita gente. Mas a vida continua. Por agora temos este objectivo, e já que estamos na final, qualquer uma das equipas vai dar o seu máximo para conquistar o troféu".

Ausência de Diego
O antigo número 1 do FC Vorskla Poltava não está excessivamente preocupado com os perigos que o Bremen pode colocar. "Cada equipa é diferente, à sua própria maneira", afirmou. "Cada jogo é diferente. Temos o nosso próprio estilo, que depende da forma como nos prepararmos". Apesar de admitir que o conjunto do Weserstadion é "bastante poderoso", Pyatov recusou a ideia de que este vai jogar de forma mais directa, já que não pode contar com o médio-criativo brasileiro Diego, castigado, o mesmo acontecendo com o ponta-de-lança português Hugo Almeida. "É difícil dizer", comentou. "Outro jogador vai substituí-lo, e vai tentar estar ao mesmo nível do Diego".

Possível melhorar
No entanto, o atleta natural de Kirovohrad não está totalmente despreocupado. Após ter sofrido apenas cinco golos em oito jogos dos "mineiros" na Taça UEFA até ao momento, ele é um dos motivos pelos quais a equipa chegou tão longe na prova. Mas enquanto uns vêem isso como um desempenho bastante respeitável, Pyatov diz que pode haver melhorias. "Podia ter sido melhor", disse. "Podíamos ter jogado de forma diferente, relativamente aos golos que foram marcados. Mas o futebol é assim. No cômputo geral temos mais a agradecer aos defesas; o meu papel é o de liderar a defesa. Quanto melhor o fizer, mais fácil se torna para mim".

Abordagem cautelosa
A forma descontraída de Pyatov também se reflecte na abordagem cautelosa que permite ao Shakhtar estar, eventualmente, a 90 minutos de conquistar o seu primeiro troféu europeu. "Pensámos jogo a jogo, sem o objectivo imediato de chegar à final", explicou. "O nosso objectivo passava por ganhar cada partida à medida que fosse aparecendo. Era esta a nossa mentalidade, avançando passo-a-passo, preparando-nos psicologicamente para vencer cada desafio - e tem dado resultados".