Ben Arfa lamenta oportunidades perdidas
sexta-feira, 17 de abril de 2009
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A capacidade de finalização foi, segundo Hatem Ben Arfa, a principal diferença entre o Shakhtar e o Marselha nos quartos-de-final da Taça UEFA, ganhos pelos ucranianos por 4-1 no conjunto das duas mãos.
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A capacidade de finalização. Foi essa, na opinião de Hatem Ben Arfa, a principal diferença entre o FC Shakhtar Donetsk e o Olympique de Marseille na eliminatória dos quartos-de-final da Taça UEFA, em que os campeões ucranianos levaram a melhor sobre a turma gaulesa com 4-1 no conjunto das duas mãos, depois de, esta quinta-feira, terem ido ao sul de França vencer por 2-1.
Oportunidades desperdiçadas
O Marselha efectuou um total de 31 remates na partida da segunda mão, mas apenas quatro foram na direcção da baliza, dois deles à passagem do minuto 43, quando Ben Arfa fez o 1-1 na partida, na recarga ao primeiro cabeceamento efectuado pelo próprio internacional francês. Foi o único golo que os pupilos de Erik Gerets conseguiram apontar na eliminatória, apesar dos 41 remates feitos no conjunto das duas mãos. O Shakhtar, por seu lado, efectuou apenas 18 nos dois jogos, 12 deles na direcção da baliza, e apontou quatro golos – dois dos quais no Stade Vélodrome, na segunda mão, apontados por Fernandinho à passagem dos 30 minutos e por Luiz Adriano já em período de descontos, a garantir a vitória no encontro.
Trabalho pela frente
"Faltou-nos precisão na hora do remate e isso foi algo que eles tiveram nos lances dos dois golos que marcaram", explicou Ben Arfa. "Disseram-me que fizemos mais de 25 remates e isso é bastante, mas que apenas dois ou três tinham chegado ao alvo. Para marcar é necessário que os remates sejam na direcção baliza, caso contrário não se tem hipóteses. É algo em que vamos ter de trabalhar".
Acreditar até ao fim
Apesar da baixa produtividade ofensiva da equipa, o Marselha nunca deixou de acreditar que podia dar a volta à eliminatória, nem mesmo quando Fernandinho deixou a formação francesa a necessitar de quatro golos para seguir em frente. "Claro que continuámos a pensar que era possível", garantiu Ben Arfa. "No último fim-de-semana marcámos quatro golos na segunda parte [frente ao Grenoble Foot 38] e esta noite poderíamos ter feito o mesmo. Toda a gente estava empenhada neste encontro e queria fazer algo de especial. Demos tudo o que tínhamos, mas não conseguimos marcar mais nenhum golo".
Corrida ao título
As atenções do Marselha viram-se agora para a corrida ao título na Ligue 1, onde ocupa o primeiro lugar com mais um ponto que o heptacampeão Olympique Lyonnais, a sete jogos do final da prova. O primeiro deles é já neste domingo, no terreno do FC Lorient, e Ben Arfa admitiu que não ter outra competição com que se preocupar poderia ajudar a equipa a chegar ao seu primeiro título de campeão desde 1991/92. "Talvez seja uma prenda camuflada", referiu. "Agora estamos todos concentrados no campeonato e acredito muito nesta equipa. O ambiente é excelente e todos se estão a encorajar mutuamente, lembrando que demos tudo o que tínhamos, por isso não temos nada a lamentar. Estamos muito motivados e este jogo tornou-nos ainda mais próximos".