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Shakhtar faz história

Olympique de Marseille 1-2 FC Shakhtar Donetsk (total: 1-4)
A equipa ucraniana voltou a vencer o Marselha e vai marcar presença, pela primeira vez, numa meia-final de uma competição europeia.

Fernandinho (à direita) é cumprimentado pelo compatriota Luiz Adriano
Fernandinho (à direita) é cumprimentado pelo compatriota Luiz Adriano ©Getty Images

O FC Shakhtar Donetsk garantiu, pela primeira vez na sua história, a presença nas meias-finais da Taça UEFA, onde vai defrontar os compatriotas do FC Dynamo Kyiv. Depois da vitória, por 2-0, na primeira mão, o Shakhtar aguentou a pressão do Olympique de Marseille no Stade Vélodrome, antes de partir para um novo triunfo, por 2-1.

Ucranianos letais
Está assim garantida a presença de, pelo menos, uma equipa ucraniana na final da competição deste ano, depois de o líder do campeonato francês, o Marselha, não ter conseguido protagonizar a reviravolta que desejava. Na primeira parte, o Shakhtar só saiu da defesa numa única ocasião, mas que resultou no golo inaugural do encontro, assinado por Fernandinho. Ben Arfa empatou a partida ainda antes do intervalo, mas o campeão ucraniano aguentou a intensa pressão gaulesa antes de selar a vitória, e o apuramento, com um golo de Luiz Adriano.

Pressão gaulesa
Em desvantagem na eliminatória, o Marselha não tinha outra hipótese a não ser atacar desde o início e foi isso que a equipa de Erik Gerets fez, com Mamadou Niang a falhar, por muito pouco, o desvio a um livre de Mathieu Valbuena. O quarteto de atacantes brasileiros do Shakhtar vinha rotulado como muito perigoso, mas o início do encontro pertenceu, por inteiro, à equipa da casa, com o médio Benoît Cheyrou a fazer os adeptos levarem as mãos à cabeça com um remate de longe, que saiu muito perto do alvo.

Contra a corrente
Taye Taiwo e Bakari Koné não tiveram melhor sorte do que o colega de equipa, enquanto Niang voltou a falhar o alvo, num cabeceamento. Parecia que o Shakhtar não conseguia sair do seu meio-campo, mas quando o fez mostrou um pragmatismo impressionante. Ilsinho lançou Fernandinho no flanco esquerdo e o número 7 dos forasteiros, quase sem ângulo, conseguiu levar a melhor sobre Steve Mandanda, com Charles Kaboré a confirmar o golo quando tentava o corte.

Mudança táctica
O golo silenciou o Vélodrome, mas o entusiasmo voltou ao estádio francês a dois minutos do intervalo: Kaboré cruzou para Ben Arfa, o guarda-redes Andriy Pyatov ainda defendeu o cabeceamento do avançado que, no entanto, aproveitou o ressalto para fazer o 1-1. Taiwo foi obrigado a sair por lesão no início da segunda parte, tal como tinha acontecido a Igor Duljaj no primeiro tempo, e Gerets optou por mudar o esquema táctico, passando a actuar em 3-5-2. A alteração quase dava frutos imediatos, com Koné a falhar o alvo por escassos centímetros, depois de mais um excelente cruzamento de Kaboré.

Oportunidades perdidas
O médio do Burkina Faso voltou a criar perigo com mais um centro bem medido, que Cheyrou desperdiçou, com o próprio Kaboré a perder, depois, a oportunidade de marcar. O Marselha precisava de um golo e, à medida que o tempo passava, a confiança francesa diminuía, numa situação bem exemplificada numa perdida de Mamadou Samassa. O desperdício gaulês foi castigado perto do final, quando Luiz Adriano se isolou e bateu Mandanda, colocando um ponto final no sonho dos marselheses.