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Hamburgo não teme o City

Enquanto Mark Hughes trabalha afincadamente para lidar com as expectativas no Manchester City, uma equipa potencialmente conquistadora de troféus poderá emergir nesta segunda mão.

Robinho é consolado por José Paolo Guerrero, após o triunfo do Hamburgo por 3-1, no jogo da primeira mão
Robinho é consolado por José Paolo Guerrero, após o triunfo do Hamburgo por 3-1, no jogo da primeira mão ©Getty Images

Enquanto Mark Hughes trabalha afincadamente para lidar com as expectativas e com uma certa super-estrela brasileira no Manchester City FC, uma equipa potencialmente conquistadora de troféus poderá emergir no City of Manchester Stadium, caso o treinador do Hamburger SV, Martin Jol, veja o seu desejo cumprido.

Trabalho a ser feito 
O sentimento entre os observadores alemães é de que a formação orientada por Jol deverá terminar esta temporada com um jejum de títulos que já dura há 22 anos, mas continua a ser uma incógnita saber se o Hamburgo conseguirá passar o derradeiro teste à sua resistência defensiva e mental que constitui o Manchester City. O Hamburgo, a três pontos da liderança da Bundesliga e com uma meia-final da Taça da Alemanha na próxima semana, tem praticamente um pé nas meias-finais da Taça UEFA. Contudo, o golo marcado no primeiro minuto do jogo da primeira mão, por Stephen Ireland, torna a vantagem de dois golos um pouco menos confortável.

Cautelas
"Temos uma vantagem de dois golos, mas de três teria sido melhor", disse Jol, que teve um bom registo frente ao City enquanto dirigiu o Tottenham Hotspur FC. "A minha experiência sobre defrontar equipas inglesas é que será bom [para o Hamburgo] facturar amanhã. Caso o City marque cedo, isso mudará toda a dinâmica". Hughes disse esta semana que a demanda do City por troféus – algo que também não consegue desde 1976 – poderá demorar "outro par de épocas". A resposta em grande estilo do Hamburgo ao tento de Ireland – por Joris Mathijsen, Piotr Trochowski e José Paolo Guerrero – sustentaram essa perspectiva. No entanto, Jol aceita que o City será completamente diferente em Inglaterra, quando actuar perante 47 mil espectadores.

Tudo ou nada
"Em casa, são muito fortes. Já fora de casa não o são tanto e tirámos proveito disso. Ganhar aqui será muito complicado, mas será inacreditavelmente bom para nós caso nos qualifiquemos", indicou Jol. O Hamburgo triunfou no terreno do Galatasaray AŞ na ronda anterior, naquela que foi a sua quinta vitória consecutiva fora de casa nesta edição da Taça UEFA, mas defrontará um anfitrião bem mais competitivo. O mais provável é que o Manchester City parta para o tudo ou nada frente ao Hamburgo, com Hughes a poder arriscar a inclusão de Shaun Wright-Phillips, Wayne Bridge, Vincent Kompany e Pablo Zabaleta, que se encontram todos em dúvida. Os últimos dois deverão providenciar cobertura defensiva a meio-campo, permitindo a Robinho – poupado da titularidade frente ao Fulham FC -, Wright-Phillips e Ireland mais liberdade para criar.

Oportunidade
"Há uma forte possibilidade de Robinho ser titular", disse Hughes a respeito de um jogador que dominou a maior parte da conferência de imprensa. Elevando as expectativas, Hughes descreveu este encontro como "o mais importante da temporada até ao momento – uma oportunidade de qualificação para a meia-final de uma importante prova europeia. Adoraríamos fazer parte de uma equipa que trouxesse um troféu para o Manchester City que, ao longo dos anos, tem tido muitas dificuldades para conseguir taças". Jol espera que o Hamburgo "tenha os recursos" para fazer o mesmo. A equipa, tida por Hughes como "uma das melhores da Alemanha", perdeu, no domingo, por 1-0, no terreno do VfB Stuttgart, e não poderá contar com o defesa Collin Benjamin nem com o médio-defensivo Guy Demel para esta partida. Ainda assim, o City terá de equivaler-se física e mentalmente caso queira continuar em prova.