Garra e classe

O Benfica conseguiu o apuramento para a fase de grupos da Taça UEFA depois de bater o SSC Napoli no Estádio da Luz, por 2-0, na segunda mão da primeira eliminatória da prova.

Começo animado
Depois de ter sido derrotado na primeira mão em Itália, por 3-2, o conjunto "encarnado" entrou na partida em busca do golo. Ainda assim, a formação italiana foi a primeira a criar perigo, logo nos instantes iniciais, por intermédio de Lavezzi. Valeu ao Benfica Quim, a negar o golo aos napolitanos. Sem poder contar com Pablo Aimar (não recuperou de lesão), o técnico espanhol Quique Flores optou por um ataque composto por Nuno Gomes e Di María e o argentino criou perigo aos sete cinco minutos, com um remate de longa distância que saiu um pouco por cima da baliza à guarda de Gianello.

Di María em destaque
Aos 15 minutos, Di María esteve novamente perto do golo, após jogada de entendimento com Ruben Amorim no lado direito. Gianello evitou males maiores para a sua baliza, ao desviar para canto, numa fase de claro ascendente para a formação da casa, com Di María a assumir-se como um dos mais inconformados no ataque benfiquista.

Ritmo abranda
Com o passar do tempo, o ritmo ofensivo do Benfica foi abrandando, numa toada que mais convinha aos italianos. O Nápoles aproveitou e voltou a criar perigo aos 32 minutos, na sequência de um contra-ataque rápido. Lavezzi, com um remate acrobático já no interior da área, atirou às malhas laterais da baliza "encarnada". Já em período de descontos da primeira parte, os transalpinos enjeitaram uma oportunidade soberana para se adiantar no marcador, após a marcação de um livre. Cannavaro, ao segundo poste, atirou de cabeça ao ferro da baliza de Quim, na melhor oportunidade de golo até então.

Reyes quebra resistência
Na segunda parte, os comandados de Quique Flores continuaram à procura do golo, mas pela frente voltaram a encontrar uma defesa organizada, que ia conseguindo tapar os caminhos para a sua baliza. O Benfica parecia não encontrar soluções para penetrar no último reduto, algo que Reyes veio a conseguir aos 57 minutos, após uma recuperação de bola de Luisão no meio campo. O espanhol recolheu o esférico no lado esquerdo e, de pé esquerdo, assinou um golo de belo efeito.

Nuno Gomes decide
O Nápoles partiu em busca do golo que lhe permitisse voltar a liderar a eliminatória, mas o Benfica não mais deixou fugir o comando das operações, acabando mesmo por chegar ao 2-0, aos 84 minutos. Carlos Martins cruzou da direita e Nuno Gomes assinou um fantástico cabeceamento em rotação, não dando hipóteses de defesa ao guarda-redes do Nápoles. Estava consumado o tão desejado apuramento.