Emoção arredada de Ibrox

O Rangers FC e a ACF Fiorentina não foram além de um empate a zero no jogo da primeira mão das meias-finais da Taça UEFA, disputado em Ibrox. Os visitantes foram superiores durante maior parte de um encontro que não teve praticamente oportunidades de golo.

Rangers defensivo
A turma escocesa, com oito ausências de peso na equipa, apostou claramente na receita que lhe valeu a vitória frente ao Sporting, no Estádio José Alvalade, e a passagem a estas meias-finais. Conhecendo a força ofensiva da Fiorentina, Walter Smith montou um sistema de jogo mais defensivo, claramente virado para o contra-ataque e para o aproveitamento da velocidade de Jean-Claude Darcheville. Algo que nunca aconteceu efectivamente, apesar das desmarcações do francês, isto porque o último passe em profundidade raramente apareceu, por inoperância dos médios, mais preocupados em defender. O Rangers apresentou-se praticamente com dez elementos atrás da linha da bola, para tentar anular as qualidades do adversário italiano, com especial atenção sobre Adrian Mutu.

Trio atacante
Os transalpinos, por seu turno, entraram em campo com a clara intenção de controlar a posse de bola e aproveitar a boa movimentação ofensiva do trio de ataque constituído por Mutu, Giampaolo Pazzini e Mario Santana. Estes foram os elementos mais activos da turma "viola", embora, perante os muitos homens contrários dentro da sua grande área, poucas oportunidades tiveram para marcar ou mesmo importunar Neil Alexander. Na verdade, o único lance de verdadeiro perigo na primeira parte aconteceu aos 40 minutos, quando Alexander e Carlos Cuellar se atrapalharam, sobrando a bola para um isolado Pazzini. No entanto, Sasa Papac acorreu ao lance e cortou no último instante.

Rangers reage
A segunda metade trouxe um Rangers mais atrevido, nos primeiros 15 minutos. A equipa da casa conseguiu efectuar inúmeras recuperações de bola no meio-campo, mas abusou dos lances pelas faixas laterais, nunca arriscando pela zona central. Os cruzamentos foram uma constante neste período, sem que a defensiva da Fiorentina conseguisse afastar por completo o perigo. A bola regressava aos flanqueadores dos escoceses que despejavam bolas para a área sem correspondência eficaz. Passado este período, os italianos voltaram a dominar, encostando o adversário à sua defensiva. Mas perante a verdadeira muralha que encontraram pela frente, a solução passou quase sempre pelos remates de fora da área, sem resultado. Assim, o resultado não viria a sofrer alterações.