Maniche aponta alto
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
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O médio denota não ter perdido a ambição e prepara uma época ao seu nível no Atlético de Madrid, de modo a poder voltar à selecção de Portugal.
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A viver a segunda época no Clube Atlético de Madrid, Maniche denota não ter perdido a ambição e prepara-se para uma campanha ao seu nível, onde o objectivo passa por regressar à selecção de Portugal, de modo a estar presente no UEFA EURO 2008™.
Pré-época sem condicionalismos
Depois de dois anos seguidos condicionado no início das temporadas, devido a problemas físicos, o médio português, de 29 anos, apresta-se para mostrar o melhor de si aos adeptos "colchoneros". "Pude finalmente fazer uma pré-época sem lesões", avançou Maniche no início da semana. "Prometo tentar jogar bem, ainda que para isso precise da ajuda da equipa". A julgar pela exibição do jogador português e do Atlético na vitória de quinta-feira sobre o FK Vojvodina, por 3-0, em partida da primeira mão da segunda pré-eliminatória da Taça UEFA, os adeptos dos "rojiblancos" podem ficar descansados.
Regressar à selecção
Para os jogadores, a temporada que ainda agora começou tem o aperitivo acrescido de terminar com a realização do Europeu, no Verão de 2008. Maniche sabe-o bem. Após as boas campanhas realizadas na prova anterior, em Portugal, e no Mundial de 2006, o centrocampista admitiu que um dos seus desejos na nova época é voltar à selecção, onde não marca presença há dez meses, desde a derrota na Polónia, em Outubro do ano passado. “O objectivo é fazer uma boa campanha com o Atlético de Madrid e depois pensar na selecção, até porque a temporada termina com o Campeonato da Europa e eu quero lá estar”, afirmou.
Europa sem Torres
O triunfo confortável sobre os sérvios, no Vicente Calderón, não deve trazer problemas de maior aos comandados de Javier Aguirre na segunda mão. E caso consigam mesmo seguir em frente, os madrilenos, que chegaram até aqui depois de ultrapassarem o Gloria 1922 Bistrita na Taça Intertoto, entram na prova propriamente dita, voltando às competições europeias depois de sete temporadas de ausência. A saída do ponta-de-lança Fernando Torres para o Liverpool FC foi compensada com a contratação de vários elementos com provas dadas, como o avançado uruguaio Diego Forlán ou Simão Sabrosa.
Meio-campo reforçado
O meio-campo foi, sem dúvida, o sector em que o clube de Manzanares mais se reforçou. Além do antigo extremo do Benfica, o treinador mexicano passou a poder contar também com os contributos dos experientes internacionais espanhóis Luis Garcia e José Antonio Reyes, bem como o relativamente desconhecido brasileiro Cléber Santana, ex-Santos. Concorrência é, portanto, coisa que não falta na intermediária da equipa do Atlético, onde Costinha, o mais velho entre o clã português (32 anos), está também ausente das convocatórias de Luiz Felipe Scolari desde o desaire polaco.
Castro sem espaço
Mais problemática parece ser a situação do central Zé Castro, o quarto elemento da armada portuguesa que se aventurou a cruzar a fronteira até terras vizinhas. O jogador, que se transferiu na época passada da Académica para Madrid, foi pouco utilizado na derradeira temporada e continua sem ter muito espaço de manobra devido à presença do espanhol Pablo Ibañez, do colombiano Pablo Perea e do brasileiro Fabiano Eller, claramente as apostas do técnico mexicano para o eixo da defesa. Na sua segunda época consecutiva à frente da equipa, coisa rara nos anos mais recentes do clube, não falta matéria-prima de qualidade a Aguirre para poder sonhar mais alto.
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